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Filipa Pedroso, Gerês, Outubro, 2021Obrigada Filipa |
A ria de Aveiro desde cedo proporcionou uma forma de subsistência aos seus habitantes, quer através da pesca ou das muitas actividades relacionadas com as "artes da ria". Com o passar do tempo, algumas destas artes assistem imponentes à sua própria extinção, outras resistem com o esforço e dedicação por parte de quem as pratica. Quisemos saber, junto deste pequeno grupo de pessoas, quais as perspectivas de verem o seu trabalho continuado no futuro. Este é o seu testemunho. (Marco Lopes)
Um dia depois de os Portugueses terem ido a votos – nas eleições autárquicas de 26 de setembro de 2021 –, o programa Palavras Cruzadas*, de Dalila Carvalho, na Antena 2, é dedicado aos ex-votos, tema abordado por uma equipa de investigadores do Centro de Estudos Anglísticos da Universidade de Lisboa..
Tópicos e intervenientes das emissões deste programa na semana de 27 de setembro a 1 de outubro:
1. O que são os «ex-votos»? Como serviram estas representações populares para contornar o analfabetismo na comunicação com as divindades, o que retratam e que origens podem ter. A estas questões responde Teresa de Ataíde Malafaia, professora associada na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (FLUL).
2. Há «ex-votos» que são monumentos nacionais, na verdadeira aceção da palavra: igrejas e mosteiros construídos como forma de pagar promessas. Francisco Ferreira da Silva (doutorando da FLUL, antigo jornalista de economia), ensina a caminhar por Lisboa e a descobrir ex-votos nas paredes da cidade.
3. O «envolvimento social dos «ex-votos: o que eles têm para dar à sociedade nos dias de hoje é o tópico tratado pela professora Nélia Cruz (FLUL), que dirige um projeto de investigação sobre ex-votos marítimos.
4. O comparativismo dos «ex-votos leva Francisco Ferreira da Silva a falar-nos nas diferenças de promessas e de milagres entre os devotos de diferentes países e continentes.
No programa Palavras Cruzadas, Antena 2, de 27 de setembro a 1 de outubro de 2021,às 09h50 e 18h20) https://www.rtp.pt/antena2/destaques/palavras-cruzadas-2-a-6-feira-9h55-18h20_4639
« — O meu pai era pescador, o meu marido é pescador, o meu filho é pescador... »
Onde Há Redes Há Rendas (ENG) from BRO CINEMA on Vimeo.
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[Por]... (Da Sociedade Antropológica e Etnológica do Porto). Separata. Publicação de elementos para a história de Penafiel. Tipografia Minerva. Penafiel. 1928. De 25x18 cm. Com 30 pags. Brochado. Ilustrado com peças; gravuras; e levantamentos epigráficos em extra texto. Exemplar com dedicatória do autor.
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Achada na Capela de Nossa Senhora do Desterro, em Marecos, Penafiel, Porto.
Encontra-se no Biblioteca-Museu de Penafiel. Ver ficha epigráfica aqui*
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Ler também AQUI:
https://nabiae.blogspot.com/2017/05/nabia-ara-de-marecos.html
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IN: António Martins Quaresma e José António Falcão, Odemira – Património, Religião, Sociedade e Território, Odemira, 2021
Um dos passeios que mais gosto de dar é ir a Esposende ver desaguar o Cávado. Existe lá um bar apropriado para isso. Um rio é a infância da água. As margens, o leito, tudo a protege. Na foz é que há a aventura do mar largo. Acabou-se qualquer possível árvore genealógica, visível no anel do dedo. Acabou-se mesmo qualquer passado. É o convívio com a distância, com o incomensurável. É o anonimato. E a todo o momento há água que se lança nessa aventura. Adeus margens verdejantes, adeus pontes, adeus peixes conhecidos. Agora é o mar salgado, a aventura sem retorno, nem mesmo na maré cheia. E é em Esposende que eu gosto de assistir, durante horas, a troco de uma imperial, à morte de um rio que envelheceu a romper pedras e plantas, que lutou, que torneou obstáculos. Impossível voltar atrás. Agora é a morte. Ou a vida.
Ruy Belo, Todos os Poemas, Assírio & Alvim, 2009 (3ª Edição)