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segunda-feira, 5 de outubro de 2020

 




Fontes do Largo de Santa Cristina
a Fonte Velha, de 1523 e a Fonte Nova, setecentista - Viseu
fotografia de José Daniel Soares Ferreira




domingo, 29 de março de 2020

Senhora da Rocha, de Sophia de Mello Breyner Andresen



Isto já se vai tornando um hábito para mal de todos, especialmente de vocês. Mas este foi a pedido, o que me deixa muito feliz. Cá está ele com muito carinho, Helena Nilo[Daniel Soares Ferreira - Aqui ]





SENHORA DA ROCHA

Tu não estás como Vitória à proa
Nem abres no extremo do promontório as tuas asas
Nem caminhas descalça nos teus pátios quadrados e caiados
Nem desdobras o teu manto na escultura do vento
Nem ofereces o teu ombro à seta da luz pura

Mas no extremo do promontório
Em tua pequena capela rouca de silêncio
Imóvel, muda inclinas sobre a prece
O teu rosto feito de madeira e pintado como um barco

O reino dos antigos deuses não resgatou a morte
E buscamos um deus que vença connosco a nossa morte
É por isso que tu estás em prece até ao fim do mundo
Pois sabes que nós caminhamos nos cadafalsos do tempo

Tu sabes que para nós existe sempre
O instante em que se quebra a aliança do homem com as coisas
Os deuses de mármore afundam-se no mar
Homens e barcos pressentem o naufrágio

E por isso não caminhas cá fora com o vento
No grande espaço liso da luz branca
Nem habitas no centro da exaltação marinha
O antigo círculo dos deuses deslumbrados

Mas rodeada pela cal dos pátios e dos muros
Assaltada pelo clamor do mar e a veemência do vento
Inclinas o teu rosto

Imóvel muda atenta como antena.



Sophia de Mello Breyner Andresen , Geografia, 1962



terça-feira, 23 de julho de 2019



Fotografia de Daniel Soares Ferreira, Jardins do Museu de Lisboa - Palácio Pimenta, 16.07.2019


sexta-feira, 4 de janeiro de 2019




[encontra-se no Museu de Lisboa]



Para purgar o corpo dos excessos do ano novo, nada como as boas águas de Sintra e do Arsenal. Podem ser encontradas no Museu de Lisboa - Palácio Pimenta, de Terça a Domingo, das 10 às 18 horas, no Nº 245 do Campo Grande. Visite-nos. [ diz-no o José Daniel Soares Ferreira do Conversa, muita conversa ]

domingo, 29 de abril de 2018

Adriano de Sousa Lopes




Adriano de Sousa Lopes




Finda a Feira de Antiguidades de Lisboa, ficou-me na memória este desenho fabuloso de Sousa Lopes. Que maravilha. De imediato fui transportado para um certo cantar de Pedro Homem de Mello:

Últimas Vontades

Na branca praia, hoje deserta e fria,
De que se gosta mais do que de gente,
Na branca praia, onde te vi um dia
Para sonhar, já tarde, eternamente,

Achei (ia jurá-lo!) à nossa espera,
Intacto o rasto dos antigos passos,
Aquela praia, inamovível, era
Espelho de pés leves, depois lassos!

E doravante, imploro, em testamento,
Que, nesta areia, a espuma seja a tiara
Do meu cadáver, preso ao teu e ao vento...

— Vaivém sexual, que o mar lega aos defuntos? —
Se em vida, agora, tudo nos separa
Ó meu amor, apodreçamos juntos!

Pedro Homem de Mello, in "Ecce Homo"

Quadro e foto de Galerie Philippe Mendes

segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

Chafariz das Moiras (Mouras), Lisboa, Santa Maria Maior





Chafariz das Moiras, Largo do Correio- Mor
fotografia de Daniel Soares Ferreira


Inaugurado em 1816, no vale das Moiras no Lumiar, projecto do arquitecto José Therésio Michelotti, com água de uma mina ali existente. No entanto, a mina revelou-se insuficiente para satisfazer a população e a Câmara Municipal ordenou que se enchesse os depósitos com água proveniente dos Chafarizes da Convalescença e da Cruz do Tabuado. Até 1940 as três bicas do chafariz abasteceram a população (a central recebendo água da mina e as laterais água da distribuição da cidade).
Em meados do século XX procedeu-se a sua demolição, tendo o seu pano de fachada sido aproveitado e colocado no Largo em frente ao Palácio do Correio-mor (na rua de São Mamede ) o qual sofreu um arranjo urbanístico.
Informação retirada Daqui 


[...]

Ficha descritiva:
Arquitectura infraestrutural, tardo-barroca. Chafariz de espaldar simples composto por paraestática, com pilastras rústicas e toscanas, rematadas em friso e cornija. O espaldar possui apainelado com inscrição e pedra de armas e três bicas circulares, que vertem para tanque contracurvado e galbado, com bordo boleado. Possui réguas metálicas para apoio de vasilhame. Chafariz com a fachada principal reaproveitada de um antigo chafariz do tipo caixa, que se erguia no Lumiar, demolido por questões urbanísticas. Está enquadrado por muro de suporte de terras, formando uma elipse, que cria um amplo largo. De destacar a estrutura do tanque, contracurvado e galbado, o elemento mais elegante e erudito do conjunto.
Informação retirada Daqui



Eduardo Portugal, Chafariz das Mouras  na Alameda das Linhas de Torres
Fotografia do Arquivo Municipal de Lisboa | fotográfico

O Chafariz das Mouras foi projectado pelo arquitecto José Therésio Michelotti e construído entre 1813-1815. A sua inauguração decorreu no dia 27 de Julho de 1816.  Tem a forma de pavilhão de parque. É quadrangular de cobertura tronco-piramidal de arestas curvilíneas, rematada por uma urna. A tabela do frontão desce até envolver a bica central. Tem três bicas. Ostenta o brasão real. Tem uma legenda ao centro dizendo «Utilidade do Público anno de 1815». Este chafariz situava-se na Alameda das Linhas de Torres, mas no século XX, foi demolido e a fachada e a bacia foram transferidos para o Largo do Correio-Mor.  
Informação retirada Daqui



Eduardo Portugal, Chafariz das Mouras  na Alameda das Linhas de Torres
Fotografia do Arquivo Municipal de Lisboa | fotográfico


Chafariz das Mouras na Alameda das Linhas de Torres
Fotografai do Arquivo Municipal de Lisboa | fotográfico


Registo no SIPA - http://www.monumentos.gov.pt/site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=25673
Mais informação aqui

domingo, 27 de março de 2016

Vigília Pascal - Santa Cruz da Trapa



bênção do fogo e da água
fotografia de Daniel Soares Ferreira


bênção do fogo e da água
fotografia de Daniel Soares Ferreira



fotografias de Daniel Soares Ferreira

domingo, 7 de dezembro de 2014

viagens na minha terra...


PRECISO  DE  ESPAÇO


Preciso de espaço
Para ser feliz
Preciso de espaço
Para ser raiz
Ter a rede pronta
Para o mar de sempre
Ter aves e sonho
Quando a terra escuta
Falar de amor
Aos tambores da luta.

Ter palavras certas
No sol do caminho
E beber a rir o doirado vinho
Misturar a vida
Misturar o vento
E nas madrugadas
Quando o povo abraço
Para estar contigo
Preciso de espaço.

Preciso de espaço
Para ser feliz
Preciso de espaço
Para ser raiz
Caminhar sem ódio
Falar sem mentiras
Ter meus olhos longe
Na luz de uma estrela
E ser como um rio
Que se agita ao vê-la.

Vasco de Lima Couto


fotografias de Daniel Soares Ferreira, São Pedro do Sul


fotografias de Daniel Soares Ferreira, São Pedro do Sul


fotografias de Daniel Soares Ferreira, São Pedro do Sul


fotografias de Daniel Soares Ferreira, São Pedro do Sul


fotografias de Daniel Soares Ferreira, São Pedro do Sul