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sábado, 26 de outubro de 2019

António Maria Lopes - A Poesia das águas





António Maria Lopes, "A Poesia das águas",
Ilustração Portugueza, 2.ª série, n.º 368, 10 de Março de 1913, pp. 289-293



António Maria Lopes, "A Poesia das águas",
Ilustração Portugueza, 2.ª série, n.º 368, 10 de Março de 1913, pp. 289-293



António Maria Lopes, "A Poesia das águas",
Ilustração Portugueza, 2.ª série, n.º 368, 10 de Março de 1913, pp. 289-293



António Maria Lopes, "A Poesia das águas",
Ilustração Portugueza, 2.ª série, n.º 368, 10 de Março de 1913, pp. 289-293



António Maria Lopes, "A Poesia das águas",
Ilustração Portugueza, 2.ª série, n.º 368, 10 de Março de 1913, pp. 289-293



Artigo Aqui

quarta-feira, 12 de junho de 2019

Alzira Santos - Fonte do Ribeiro, Vide




Fotografia de Alzira Santos, Fonte do Ribeiro e Tanque, Vide, Abril de 2017


O tanque da roupa à direita, a Fonte ao fundo. No mesmo largo está o Lagar. Como curiosidade, ao lado da Fonte está a "pedra de aguçar" (podões, facas, etc.)"; em tempos perdida e, entretanto, recuperada porque meu pai lembrava-se de que tinha sido aproveitada para fazer a parede que se vê em fundo. Em boa hora esborralhada a parede, como se diz na Vide, e a pedra apareceu praticamente intacta.




Fotografia de Alzira Santos, Fonte do Ribeiro, Vide, Abril de 2017



Fotografia de Alzira Santos, Fonte do Ribeiro, Vide, Abril de 2017



Fotografia de Alzira Santos, Fonte do Ribeiro, Vide, Abril de 2017



O LAGAR

Fotografia de Alzira Santos, Lagar, Vide, Abril de 2017



Lavadeira - Sra Maria




Jorge Guerra, Lavadeira, Avenida de Roma, 1966


... talvez a Senhora Maria

terça-feira, 2 de abril de 2019

João Palhares - Lavadeira Saloia











PALHARES, João, ca 1810? - ca 1890?
Lavadeira saloia / Palhares lith.. - [S.l. : s.n., ca 1850] ([Lisboa : : Litografia da Rua Nova dos Mártires])

DAQUI

Fernando Pessoa - A lavadeira no tanque



A lavadeira no tanque
Bate roupa em pedra bem.
Canta porque canta e é triste
Porque canta porque existe;
Por isso é alegre também.
Ora se eu alguma vez
Pudesse fazer nos versos
O que a essa roupa ela fez,
Eu perderia talvez
Os meus destinos diversos.
Há uma grande unidade
Em, sem pensar nem razão,
E até cantando a metade,
Bater roupa em realidade...
Quem me lava o coração?
15-9-1933


Novas Poesias Inéditas. Fernando Pessoa. (Direcção, recolha e notas de Maria do Rosário Marques Sabino e Adelaide Maria Monteiro Sereno.) Lisboa: Ática, 1973 (4ª ed. 1993).
  - 83.

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

domingo, 17 de setembro de 2017

sexta-feira, 8 de setembro de 2017

A Donzela Encantada na Ribeira



No final do século dezoito, no lugar de Valverde, vivia um pobre moleiro com a mulher e uma filha ainda moça e muito bonita.
 Numa noite de luar, a rapariga desapareceu de casa sem deixar rasto e nunca mais foi vista. Houve quem dissesse que ela se tinha deitado ao mar, mas muita gente acreditava que as bruxas a tinham encantado
 O tempo foi passando e a tragédia do desaparecimento da filha do moleiro era contada aos serões a mistura com histórias de almas penadas e feiticeiras.
 Num lindo dia de Primavera, passados cerca de cem anos, as lavadeiras foram com a roupa suja para a ribeira, como de costume. Uma delas, mais velha, não teve tempo para lavar tudo, embora tivesse esfregado e espanejado de sol a sol. Continuou o trabalho quando a noite caiu, porque a lua estava clara como se fosse de dia.
 Para passar o tempo e disfarçar o medo de estar sozinha, ia cantando. Subitamente o som da sua voz e o ruído dos grilos foram cortados por gritos profundos que apenas duraram um segundo. Quando tudo tinha voltado ao silêncio e a lavadeira ainda estava muda de medo, de novo se ouviram fortes gemidos.
 — Santo nome de Deus! Senhora dos Anjos, amparai-me — gaguejou a velha lavadeira e, levantando um pouco a voz, conseguiu dizer a tremer:
 — Alma penada ou gente deste mundo que tanto pareceis estar sofrendo, dizei-me onde estais para que vos possa ajudar se isso estiver ao meu alcance.
 Ninguém lhe respondeu, mas ela avançou pela margem da ribeira e, quando ainda não tinha dado vinte passos, parou espantada. A ribeira estava linda e pousada sobre ela via se uma rapariga bonita e completamente nua. Parecia envolvida num manto de luz e os cabelos brilhavam como oiro sobre os ombros brancos e macios. A mão esquerda estava fechada, mas na outra tinha um fuso que girava, enrolando um fio de prata. Dos olhos azuis corriam lágrimas.
 A lavadeira ficou completamente assombrada e só quando por um ruído leve a visão desapareceu é que a mulher teve coragem de dizer:
 — Donzela infeliz, talvez encantada por mau olhado, atende as minhas palavras Se és aquela de quem muitas vezes ouvi falar em pequena, aos meus avós, tudo farei para te ajudar.
 A visão apareceu de novo e os lábios vermelhos, mas com um sorriso amargo, disseram meigamente:
 — Sou aquela menina infeliz que vossos avós conheceram, mas não posso dizer-vos como foi o meu encantamento. Estou há mais de um século neste martírio, aparecendo de sete em sete anos, neste dia e na hora em que fui encantada, à espera de um rapaz virgem que me possa esconjurar e a quem pertencerei.
 Depois de dizer estas palavras, abriu a mão esquerda, mostrou três moedas de oiro e desapareceu.
 A lavadeira voltou para casa já tarde da noite, o céu estava coberto de nuvens e no dia seguinte o estranho acontecimento espalhou-se.
 Passados sete anos, vários rapazes de Valverde foram-se sentar nas margens da ribeira com a esperança de ver a moça, mas ninguém a viu e sem se saber porquê a donzela lá continua encantada.
FURTADO-BRUM, Ângela Açores: Lendas e outras histórias ,  Ponta Delgada, Ribeiro & Caravana editores, 1999, p.48-49
Recolhida em Vila do Porto, Ilha de Santa Maria, (Açores)  [data dos finais do século XVIII]

Daqui

Luiz Osmundo Toulson - A Lavadeira de Vizela




Luiz Osmundo Toulson, "A Lavadeira de Vizela",
Illustração Portugueza, 2 de Março de 1914