domingo, 29 de abril de 2018

Artur Pastor - 6 Poços





Artur Pastor, Poço , Alentejo
daqui


Artur Pastor, Serie Portugal-rural, Algarve (Montenegro), anos 40
daqui


Artur Pastor, "Serie Portugal Rural , Algarve, Montenegro anos 50/60
daqui



Artur Pastor, Pátio com poço, Évora
Fotografia do Arquivo Municipal de Lisboa | fotográfico



Artur Pastor, Malhando o milho na eira (poço), Paços de Ferreira
Fotografia do Arquivo Municipal de Lisboa | fotográfico



Artur Pastor, Poço com picota, Paços de Ferreira
Fotografia do Arquivo Municipal de Lisboa | fotográfico



Fotografias retiradas:
http://arturpastor.tumblr.com/
http://arquivomunicipal.cm-lisboa.pt/pt/

Artur Pastor - Poço cisterna




Artur Pastor, Poço cisterna, Évora



Lenda da Praia da Rocha



In:Nova, Maria Manuela Neves Casinha, 1960-,
As lendas do sobrenatural da região do Algarve, 2013

In:Nova, Maria Manuela Neves Casinha, 1960-,
As lendas do sobrenatural da região do Algarve, 2013

In:Nova, Maria Manuela Neves Casinha, 1960-,
As lendas do sobrenatural da região do Algarve, 2013

In:Nova, Maria Manuela Neves Casinha, 1960-,
As lendas do sobrenatural da região do Algarve, 2013





Nova, Maria Manuela Neves Casinha, 1960-, As lendas do sobrenatural da região do Algarve, Tese de doutoramento, Estudos de Literatura e de Cultura (Literatura Oral e Tradicional), Universidade de Lisboa, Faculdade de Letras, 2013


Retirada do Volume 2 da Tese que se encontra AQUI

Adriano de Sousa Lopes




Adriano de Sousa Lopes, A Descarga do Barco




Adriano de Sousa Lopes, Velas na luz, c. 1930

Adriano de Sousa Lopes




Adriano de Sousa Lopes




Finda a Feira de Antiguidades de Lisboa, ficou-me na memória este desenho fabuloso de Sousa Lopes. Que maravilha. De imediato fui transportado para um certo cantar de Pedro Homem de Mello:

Últimas Vontades

Na branca praia, hoje deserta e fria,
De que se gosta mais do que de gente,
Na branca praia, onde te vi um dia
Para sonhar, já tarde, eternamente,

Achei (ia jurá-lo!) à nossa espera,
Intacto o rasto dos antigos passos,
Aquela praia, inamovível, era
Espelho de pés leves, depois lassos!

E doravante, imploro, em testamento,
Que, nesta areia, a espuma seja a tiara
Do meu cadáver, preso ao teu e ao vento...

— Vaivém sexual, que o mar lega aos defuntos? —
Se em vida, agora, tudo nos separa
Ó meu amor, apodreçamos juntos!

Pedro Homem de Mello, in "Ecce Homo"

Quadro e foto de Galerie Philippe Mendes

sábado, 28 de abril de 2018

Praia da Rocha (Algarve, Portugal): um paradigma da antropização do litoral - Joana Gaspar de Freitas





RESUMO

A Praia da Rocha tem pouco mais de um século de existência no que toca à sua ocupação com vista à utilização dos banhos marítimos. Durante este tempo, a localidade transformou-se radicalmente passando de um pequeno povoado à beira-mar com meia dúzia de casas a um grande centro urbano que, durante o verão, atrai milhares de turistas. Este crescimento urbano desmedido, registado sobretudo nas últimas décadas do século XX, mostra-se muito semelhante ao que ocorreu na maioria dos núcleos costeiros do Algarve Central. O caso da Praia da Rocha, porém, revela-se paradigmático, uma vez que no arranque da expansão turística, no princípio dos anos 70, se procedeu à alimentação artificial da praia, com vista ao alargamento do areal para aumentar a sua capacidade de utilização balnear e para evitar que as vagas atingindo as falésias pusessem em risco as construções edificadas ali na última década. O sucesso das operações de enchimento (1970, 1983 e 1996) fazem da Praia da Rocha um caso único no país e um magnífico exemplo de antropicosta. O êxito alcançado na ampliação do areal na Rocha teve, contudo, um lado perverso no que toca à ocupação humana daquele litoral: possibilitou a expansão do turismo de massas, ao criar uma praia com maior capacidade de carga e ao permitir – graças à subtracção da arriba aos processos marinhos - um crescimento da volumetria das construções, dando origem, a partir dos anos 80, ao aparecimento de uma frente contínua de edificações de grandes dimensões adjacentes à costa. Neste trabalho traça-se o perfil histórico desta praia, acompanhando a sua evolução urbana com base na comparação de material iconográfico, fotografias aéreas e cartas, tentando perceber de que forma as actividades antrópicas ali desenvolvidas (essencialmente balneares) determinaram a sua configuração actual. Pretende-se ainda mostrar como a nível da gestão costeira é essencial compreender a evolução diacrónica das zonas costeiras para se ter uma correcta percepção de risco, já que algumas praias aparentemente estabilizadas podem oferecer uma falsa sensação de segurança. Grande parte das populações que ocupam hoje o litoral não possuem – pelo seu desenraizamento face àquele espaço – a noção da sua instabilidade. Mas, os técnicos e autoridades com responsabilidade na gestão da orla litoral não podem ignorar a história e memória da erosão costeira, sob pena de num futuro recente enfrentarem graves problemas em consequência do seu alheamento face à intensificação da ocupação humana de zonas de risco e da não aplicação de medidas de adaptação.
 
Joana, Gaspar de Freitas "Praia da Rocha (Algarve, Portugal): um paradigma da antropização do litoral", Revista da Gestão Costeira Integrada 12 (1), 2012,  pp. 31-42

Do facebook de  Filipe da Palma



Rio Arade