terça-feira, 28 de maio de 2019

sexta-feira, 24 de maio de 2019




Helena Nilo, Palácio do Freixo, 9 de Maio de 2019





Helena  Nilo, Porto, 7 de Maio de 2019



«Uma ida ao Porto é sempre uma lição de portuguesismo, tanto mais rica quanto mais raramente lá se vai. É indispensável – claro! » 
Vitorino Nemésio  

6/11

quarta-feira, 22 de maio de 2019





Luis Manuel Gaspar, ilustração para a sobrecapa de
Álvaro Mutis, 'A Última Escala do Tramp Steamer', trad. J. Teixeira de Aguilar, Porto, Edições Asa, 1993.

segunda-feira, 13 de maio de 2019

Fernando Pessoa - Na ribeira deste rio



Na ribeira deste rio
Ou na ribeira daquele
Passam meus dias a fio.
Nada me impede, me impele,
Me dá calor ou dá frio.
Vou vendo o que o rio faz
Quando o rio não faz nada.
Vejo os rastros que ele traz,
Numa sequência arrastada,
Do que ficou para trás.
Vou vendo e vou meditando,
Não bem no rio que passa
Mas só no que estou pensando,
Porque o bem dele é que faça
Eu não ver que vai passando.
Vou na ribeira do rio
Que está aqui ou ali,
E do seu curso me fio,
Porque, se o vi ou não vi.
Ele passa e eu confio.

2-10-1933
Poesias. Fernando Pessoa. (Nota explicativa de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1942 (15ª ed. 1995). 
 - 184.

sexta-feira, 3 de maio de 2019

Manuel Gago - Unha nova vida ao norte do Río do Esquecemento






[...]

O tema ben estraño é que en Lansbrica apareceron tres conxuntos epigráficos en linguas distintas e dedicados a deuses de culturas distintas. Cito a Xurxo Ayán, nun texto aínda inédito:

"Otro aspecto destacado que redunda en la excepcionalidad de este recinto es la aparición de un conjunto epigráfico en el entorno de la cota más alta de la cresta rocosa, al lado del tramo de muralla que ciñe la parte N de la puerta W, formado por una dedicatoria a Vlados y otra a Nabia y Abiona o Abiu. Estos epígrafes completan el ara a Bandua Lansbricae emplazada en el velvedere del jardín del vecino pazo das Eiras y la inscripción IOVI grabada en una roca junto al mismo muro W pero al S de la citada puerta. El análisis lingüístico de este conjunto epigráfico contribuye a afirmar que en Lansbrica se veneraban divinidades propias del mundo céltico, tanto general (Vlados) como local y particular (la fluvial Abiona o Abiu y la Bandua Lansbricae) y además del mundo latino (Iuppiter) y lusitano (Nabia). Según de Bernardo y García (2008: 269) no sólo los teónimos representados proceden de varias comunidades lingüisticas, sino que su mismo culto se realizó mediante tres lenguas distintas: el celta, el lusitano y el latín. Resulta muy sugerente asociar esta diversidad religiosa y lingüística con la propia naturaleza de Lansbrica como asentamiento ex novo, producto de un sinecismo que afecta a un conjunto variopinto de comunidades y poblaciones diferentes."


[...]



Nos comentários ao artigo podemos ler:

PAEMEIOBRIGENSE
O artigo está muito bem, mas a interpretação de Xurxo Ayán das diversas línguas é insustentável: Nabia é uma divindade comúm a galaicos e lusitanos que, por outro lado, falam uma mesma língua “celtoide” segundo a expressão de X Ballesteros, essa língua é o galaico-lusitano. Galaicos e Lusitanianos são culturalmente célticos; portanto nada tem de estranho ou de curioso que convivam essas divindades, seria algo normal; como normal é que apareça Jupiter, deus máximo masculino, para denominar o deus máximo masculino céltico, ou galaico-lusitano. Isso é assimilatio. No caso dum deus máximo o seu verdadeiro nome é tabu e que não se deve pronunciar por risco a invocá-lo e que se apareça diante, ademais nas religiões politeístas (mais se são duma mesma área cultural, neste caso latinos e galaicos)é singelo convir que o teu deus máximo e o meu são o mesmo, só que lhe damos um nome diferente, nome que não será o verdadeiro, só uma alcunha, um epíteto; por isso já Tranoy deixou estabelecido que na maior parte dos casos em que aparece Júpiter quem está sendo venerado é o deus indígena equivalente. Como dizia um meu professor, devemos ter cuidado de não inventar a bicicleta, não só está ja inventada, ademais há gente que com ela corre no Tour de França.


Muito queda por pensar e prantear de como evolue o latim vulgar em cada lugar e da influência que ne-lo terão os substratos fonéticos locais, dando lugar as nossas línguas românicas, algo empeçara já a ver no seu dia o defunto Robert Omnes (um bretão que tinha tão afeito ao nosso pais como a sua Bretanha e que ademais era-che catedratico hemerito de hispanicas) mas o seu trabalho quedou, por desgraza,cortado pola enfermidade.
Muito queda por maginar nisto, por por um ex. como é que uma semiconsoante -v- que se pronunciava em latim como o -w- inglês deu lugar a uma pronuncia puramente consonantica e palatal(em Castelhano perdida pero mantida no Português) similar ao -w- do alemão?, e que curiosamente parece confundir-se já temperamento na escrita (Nabia/Navia; Endovelico/Endobelico, etc.; indica isto a dificuldade para representar este novo som co sistema gráfico do latim?) coa grafia para outra palatal próxima no seu ponto de articulação, o som -b-.
E por outro lado terá que ver isto algo (cecais como primeiro apunte ou ensaio da tendência) coa teima que temos tanto no galego-português como no ásture-leonês por ponher-nos a palatalizar consoantes sem -aparentemente- vir muito ao conto?


Inês Dias - RUA DOS CAVALEIROS DA ESPORA DOURADA





Para a Ginja



Imagino-os sempre
de olhos cegos,
de quem correu o mar
e aprendeu outra cor
para o mesmo sangue
– gridelém.

Não se apressam.
O coração mais fielmente negro
parou entretanto de bater,
deixando-lhes o peso
do seu embalo nas mãos vazias;
e trazem colada ao corpo
a cal da memória
– raparigas com cabelo de linho,
olhos de esmalte.

Chamam cada onda
pelo seu nome,
agora que todas elas são cinza
de lume familiar.
Tornaram-se veladores,
guiados pelo desatar invisível
da água nessa longa noite
– mortos ainda à procura
do calor de um gato.



Inês Dias
in AA.VV., Sete, volta d' mar, 2018

quinta-feira, 2 de maio de 2019

FERNANDO ECHEVARRIA







É a noite dos rios. Arrefece
ter a longa pupila sombreada.
E as mãos velhas de ter sido verde
ver-se passar a noite pela água.

É a noite dos rios. Porque desce
o fundo duma torre. E a nossa casa,
de repente uma sombra, é só corrente
e arcos por que passa.

Uma cidade que houve antigamente
na retina que ainda sente as casas
parar à beira de sentir-se verde

e funda, e leve. E logo sombreada
rompe manhã na palidez de ver-se
desembocar ao centro duma praça.

Fernando Echevarría, 'Sobre as Horas', Lisboa, Livraria Morais Editora, 1963.

Retirado do facebook de Luis Manuel Gaspar, Aqui

quarta-feira, 1 de maio de 2019

Fonte do Ídolo



https://www.cm-braga.pt/pt/1201/conhecer/historia-e-patrimonio/museus/item/item-1-669


Na antiga capital de Conventus Bracara Augustanus, foi edificado, nos inícios do século I, um santuário rupestre que é hoje conhecido como Fonte do Ídolo, associado ao culto da água. A sua edificação deve-se provavelmente a Celico Fronto, um cidadão romano, que a mandou fazer, para usufruto da comunidade de Bracara Augusta.
A singularidade desta fonte, em granito, conferiu-lhe em 1910 a classificação como Monumento Nacional e mais recentemente, entre 2001 e 2004, foi alvo de importantes obras de musealização, construindo-se uma estrutura que protege o monumento e permite ao público a sua visita em excelentes condições.
O público poderá beneficiar de visitas guiadas, num contexto que concilia a história e a arqueologia, enquadrados numa solução arquitectónica do século XXI.
Estão assegurados, para o bem patrimonial e para o público, as condições climáticas adequadas e os requisitos de acessibilidade para pessoas com mobilidade condicionada.


Horário:
Segunda a Sexta-feira – 9h30/13h00 – 14h00/17h30
Sábado – 11h00/17h30
Encerra aos Domingos e Feriados

Morada: Rua do Raio
Código postal: 4700-922 Braga
Telefone: 253 218 011
Email: fonte.idolo@cm-braga.pt