Mostrar mensagens com a etiqueta Artur Pastor. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Artur Pastor. Mostrar todas as mensagens

domingo, 29 de abril de 2018

Artur Pastor - 6 Poços





Artur Pastor, Poço , Alentejo
daqui


Artur Pastor, Serie Portugal-rural, Algarve (Montenegro), anos 40
daqui


Artur Pastor, "Serie Portugal Rural , Algarve, Montenegro anos 50/60
daqui



Artur Pastor, Pátio com poço, Évora
Fotografia do Arquivo Municipal de Lisboa | fotográfico



Artur Pastor, Malhando o milho na eira (poço), Paços de Ferreira
Fotografia do Arquivo Municipal de Lisboa | fotográfico



Artur Pastor, Poço com picota, Paços de Ferreira
Fotografia do Arquivo Municipal de Lisboa | fotográfico



Fotografias retiradas:
http://arturpastor.tumblr.com/
http://arquivomunicipal.cm-lisboa.pt/pt/

Artur Pastor - Poço cisterna




Artur Pastor, Poço cisterna, Évora



sexta-feira, 8 de setembro de 2017

Portimão - Desembarque do peixe





Artur Pastor, Desembarque do peixe, Portimão, anos 60
fotografia do Arquivo Municipal de Lisboa | fotográfico




Artur Pastor, Desembarque do peixe, Portimão, anos 60
fotografia do Arquivo Municipal de Lisboa | fotográfico




Artur Pastor, Desembarque do peixe, Portimão, anos 60
fotografia do Arquivo Municipal de Lisboa | fotográfico

sábado, 19 de agosto de 2017

Júlio Dantas - No mercado do peixe




Artur Pastor, Porto de Lagos, 1960-65
Fotografia do Arquivo Municipal de Lisboa | Fotográfico



O mercado de peixe é mesmo ali à beira
Das muralhas do cais: bem perto. De maneira
Que me fui até lá, à falta de melhor.
Um céu surpreendente e um sol abrasador.
Sobre as bancas de pedra, esparsos ao acaso
Na sombra colossal do velho alpendre raso,
Vejo os chocos de prata e vejo os ruivos d’ouro,
Carcanholas a abrir nos cestos esverdeados,
E o pescador, afeito ao sol, sadio e louro,
Metendo pelo peixe os braços remangados.
Um alarido enorme em volta aos peixes grossos;
E, estendendo na sombra os rústicos pescoços,
Os compradores vêm, a arregalar os olhos:
Argêntea, sobre a pedra, hirta, a sardinha, aos molhos;
Os froixos langueirões; percebes cabeludos,
Aonde o pescador volve os dedos ossudos;
Amêijoas a ranger, vindas ali do lodo,
De concha esverdeada, enchendo um cabaz todo;
Eirós a colear, vivas, enoveladas,
Metálicas, bulindo em celhas almagradas, —
Tudo isto daqui chama os estômagos lassos
Desta cidade vil de cloques e madraços.
O Damião, coçando a espádua pelo muro,
Entra-se a lastimar de que anda mal seguro
O negócio: o melhor, em coisa que mais deixe,
É a sardinha; o mais, ruim safra de peixe,
Que não no bota cá uma pessoa inteiro
Senão com muita estafa e a peso de dinheiro!
O pescador, aqui, faz-se valer; mais quer
Distribuir de graça, o diabo, que vender
Barato. E o Damião, em pragas, — diab’alma! —
Sacode o ferragoulo enorme que o enxalma.

Júlio Dantas [Lagos,1876 - Lisboa, 1962], Nada, 2.ª ed., Lisboa, Parceria António Maria Pereira, 1912


quinta-feira, 16 de julho de 2015

Artur Pastor


Artur Pastor, registos de Arquitectura. Da Beira a Trás os Montes, décadas de 50 e 60.


Artur Pastor, registos de Arquitectura. Da Beira a Trás os Montes, décadas de 50 e 60.

terça-feira, 5 de maio de 2015

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Artur Pastor



fotografia de Artur Pastor  (Barroso)
Arquivo Municipal de Lisboa | Núcleo Fotográfico




fotografia de Artur Pastor (Sintra)
Arquivo Municipal de Lisboa | Núcleo Fotográfico





sexta-feira, 11 de outubro de 2013

ARTUR PASTOR



Artur Pastor



Artur Pastor

Luiza Neto Jorge - ANOS QUARENTA, OS MEUS


fotografia de Artur Pastor
 

ANOS QUARENTA, OS MEUS

De eléctrico andava a correr meio mundo
subia a colina ao castelo-fantasma
onde um pavão alto me aflorava muito

em sonhos, à noite. E sofria de asma

alma e ar reféns dentro do pulmão
(como o chimpanzé que à boca da jaula
respirava ainda pela estendida mão).
Salazar, três vezes, no eco da aula.

As verdiças tranças prontas a espigar
escondiam na auréola os mais duros ganchos.
E o meu coito quando jogava a apanhar
era nesse tronco do jardim dos anjos

que hoje inda esbraceja, numa árvore passiva.
Níqueis e organdis, espelhos e torpedos
acabou a guerra meu pai grita «Viva».
Deflagram no rio golfinhos brinquedos.

Já bate no cais das colunas uma
onda ultramarina onde singra um barco
pra Cacilhas e, no céu que ressuma
névoas, águas mil, um fictício arco-

-íris como que é, no seu cor-a-cor,
uma dor que ao pé doutra se indefine.
No cinema lis luz o projector
e o FIM através do tempo retine.



Luiza Neto Jorge

obrigada, Daniel