Encontrei afinal o meu caminho!
Ando louco de azul, ébrio de terra!
Como as aves que vão de ninho em ninho
Sem saber se no mundo há paz ou guerra.
A minha alma mais rubra do que o vinho
- Beijo de fogo que a verdade encerra -
Tem a doçura cândida do linho
E a resistência heróica duma serra.
Adoro o sol em êxtases pagãos,
Abençoando o dom da claridade
Que faz vibrar de luz todo o universo.
Trago o luar escondido em minhas mãos
E esta onda suprema que me invade
É o sangue da minha alma feito verso!
(1.º prémio de soneto nos Jogos Florais da Praia da Rocha, em 1951)
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