terça-feira, 12 de junho de 2018





Luis Manuel Gaspar, ensaio para uma banda desenhada sobre o
'Livro do Desassossego', de Fernando Pessoa, 1992


DAQUI:

Luis Manuel Gaspar
Artista plástico e poeta.
Nasceu em Lisboa, 1960.

segunda-feira, 21 de maio de 2018

ANTÓNIO DE SOUSA - ACORDES





Fotografia de Maria João Brito de Sousa

Rio de risos brandos, a cantar.
Oh rio doutras sedes! Rio — claro
e fugidio espelho desta hora em que me paro!
Onde é o teu mar?

Para quem tua voz e os teus cabelos
de algas, com diademas de seixinhos?
Tua pele friorenta e os teus caminhos
de sonho e névoa, aos siderais castelos?

Para quem teu mistério: esse desejo
vagabundo, que flui entre estrelas e lodos?
Onde o abraço que abrace os teus abraços todos?
E onde aquela onda em que afoguei um beijo?


António de Sousa, 'Ilha Deserta', Coimbra, Edições Presença, 1937; 2.ª ed., com desenhos de Manuel Ribeiro de Pavia, Lisboa, Editorial Inquérito, 1954.

Do blog https://antoniodesousa.blogs.sapo.pt/


Via Luis Manuel Gaspar


quarta-feira, 9 de maio de 2018

SOBRE UMA FOTOGRAFIA DE CAMILO PESSANHA - Paulo de Tarso Cabrini Jr.






Camilo Pessanha,  "Praia do Leitão” ou  da "Chácara do Leitão” ,Macau, 1921


Nessa fotografia, vemos o poeta,em “farrapos”, acompanhado de seus dois cães – um deles, o “Arminho” (...) O retrato está datado de 1921 e é dedicado ao amigo César de Almeida."

Artigo Aqui: http://www.revistas.usp.br/desassossego/article/viewFile/61970/73192




David Mourão-Ferreira



Fotografia de  Pepe DinizLisboa — Luzes e Sombras, Metropolitano de Lisboa, 1992.



Parece às vezes que o Tejo
é Tejo sob outro Tejo
como às vezes o desejo
sob o desejo é desejo
Que uma só ponte é a mesma
tanto por cima do Tejo
como por baixo do Tejo
pedras e corpos os mesmos
tão sob e sobre o desejo
como sem desejo mesmo

Mas se isto acontece às vezes
a grande culpa é do Tejo

© Pepe Diniz (fotografias) / David Mourão-Ferreira (poesias), 'Lisboa — Luzes e Sombras', Metropolitano de Lisboa, 1992.



Do facebook de Luis Manuel Gaspar

sexta-feira, 4 de maio de 2018

José de Almada Negreiros - Varina




José Almada Negreiros,  'Varina', 1946



Lá na Ribeira Nova
onde nasce Lisboa inteira
na manhã de cada dia
há uma varina
e se não fosse ela
ai não sei
não sei que seria de mim!
Por ela
fiz dois versos a todas as varinas:
E vós varinas que sabeis a sal
e trazeis o mar no vosso avental!
Acho parecidos estes versos
com as varinas de Portugal.

Uma vez falei-lhe
para ouvi-la
e vê-la
ao pé.
A voz saborosa
os olhos de variar
castanhos de variar
castanhos-escuros de variar
com reflexos de variar
desde a rosa
até ao verde
desde o verde
até ao mar.

Num reflexo reflecti:
não dar aquele destino
ao meu destino aqui.

Lisboa, 1926

In: José Almeida Negreiros, Poemas, Assírio & Alvim, Lisboa

Imagem daqui

Artur Pastor - Lavadeiras e poço

quarta-feira, 2 de maio de 2018

Berlengas - Forte de São João Baptista

José Leite Vasconcelos - Nota À Cerca das Fontes

Álvaro Laborinho - Barcos sobre o paredão





Álvaro Laborinho, Barcos no paredão, 1933
Museu Dr. Joaquim Manso



Fotografia a p/b de uma rua da frente do mar da Nazaré, rua Mouzinho de Albuquerque. No lado esquerdo, na praça Manuel Arriaga, estão duas barcas e um pescador e, à direita, sobre o paredão, barcos de arte xávega, em fila, mais pescadores e rapazes de camisola e barrete. Vê-se ainda um quiosque, parte do casario, e o edifício dos Banhos Quentes.


Ficha de Inventário Aqui

Sophia de Mello Breyner Andresen - Marinheiro

terça-feira, 1 de maio de 2018





Álvaro Laborinho, Mar bravo, onda gigante (Nazaré), 1931
Fotografia do Arquivo Municipal de Lisboa | Fotográfico






domingo, 29 de abril de 2018

Artur Pastor - 6 Poços





Artur Pastor, Poço , Alentejo
daqui


Artur Pastor, Serie Portugal-rural, Algarve (Montenegro), anos 40
daqui


Artur Pastor, "Serie Portugal Rural , Algarve, Montenegro anos 50/60
daqui



Artur Pastor, Pátio com poço, Évora
Fotografia do Arquivo Municipal de Lisboa | fotográfico



Artur Pastor, Malhando o milho na eira (poço), Paços de Ferreira
Fotografia do Arquivo Municipal de Lisboa | fotográfico



Artur Pastor, Poço com picota, Paços de Ferreira
Fotografia do Arquivo Municipal de Lisboa | fotográfico



Fotografias retiradas:
http://arturpastor.tumblr.com/
http://arquivomunicipal.cm-lisboa.pt/pt/

Artur Pastor - Poço cisterna




Artur Pastor, Poço cisterna, Évora



Lenda da Praia da Rocha



In:Nova, Maria Manuela Neves Casinha, 1960-,
As lendas do sobrenatural da região do Algarve, 2013

In:Nova, Maria Manuela Neves Casinha, 1960-,
As lendas do sobrenatural da região do Algarve, 2013

In:Nova, Maria Manuela Neves Casinha, 1960-,
As lendas do sobrenatural da região do Algarve, 2013

In:Nova, Maria Manuela Neves Casinha, 1960-,
As lendas do sobrenatural da região do Algarve, 2013





Nova, Maria Manuela Neves Casinha, 1960-, As lendas do sobrenatural da região do Algarve, Tese de doutoramento, Estudos de Literatura e de Cultura (Literatura Oral e Tradicional), Universidade de Lisboa, Faculdade de Letras, 2013


Retirada do Volume 2 da Tese que se encontra AQUI

Adriano de Sousa Lopes




Adriano de Sousa Lopes, A Descarga do Barco




Adriano de Sousa Lopes, Velas na luz, c. 1930

Adriano de Sousa Lopes




Adriano de Sousa Lopes




Finda a Feira de Antiguidades de Lisboa, ficou-me na memória este desenho fabuloso de Sousa Lopes. Que maravilha. De imediato fui transportado para um certo cantar de Pedro Homem de Mello:

Últimas Vontades

Na branca praia, hoje deserta e fria,
De que se gosta mais do que de gente,
Na branca praia, onde te vi um dia
Para sonhar, já tarde, eternamente,

Achei (ia jurá-lo!) à nossa espera,
Intacto o rasto dos antigos passos,
Aquela praia, inamovível, era
Espelho de pés leves, depois lassos!

E doravante, imploro, em testamento,
Que, nesta areia, a espuma seja a tiara
Do meu cadáver, preso ao teu e ao vento...

— Vaivém sexual, que o mar lega aos defuntos? —
Se em vida, agora, tudo nos separa
Ó meu amor, apodreçamos juntos!

Pedro Homem de Mello, in "Ecce Homo"

Quadro e foto de Galerie Philippe Mendes