domingo, 26 de julho de 2020

Catarina Fernandes Barreira - A presença feminina nas gárgulas medievais









Resumo:


O nosso propósito é analisar algumas gárgulas dos séculos XV e XVI, que representam a mulher, na sua relação com os pecados, em particular com a luxúria. Daqui resulta uma importante vocação didáctica das mesmas, funcionando como exempla, estabelecendo muitos pontos de contacto com um tipo de literatura edificante e moralizadora. As gárgulas cumprem então funções pedagógicas e simbólicas significativas, mantendo uma íntima relação discursiva com o seu público-alvo, motivos mais que suficientes para a sua integração e legitimação em edifícios religiosos.



Proposta de artigo para a Revista “As Faces de Eva” – Universidade Nova de Lisboa
A presença feminina nas gárgulas medievais

Apresentam-se neste breve estudo algumas contribuições no intuito de compreender a importância da representação da mulher nas gárgulas medievais pertencentes a edificações religiosas.As gárgulas têm uma função assaz significativa nos edifícios, pois canalizam e escoam as águas pluviais, afastando-as das paredes e das fundações. Mas para além desta função utilitária, a sua vocação artística e estética não deixa de nos seduzir, até porque os temas escolhidos para nelas figurarem nos ajudam a construir uma ténue imagem da mentalidade medieval e, neste caso, daquilo que se pensava acerca da mulher. Um ponto importante: quer nas gárgulas enquanto obras de escultura realizadas por artistas, quer nas diversas fontes textuais citadas, o ponto de vista é exclusivamente masculino. Nunca é dada a palavra à mulher

[...]


CONTINUA AQUI

Sem comentários:

Enviar um comentário

Comentário