Basto (Cabeceiras de Basto)
Festa no Domingo seguinte.
Sobre as formas de culto prestado à santa não existem muitas informações. Sabe-se que na Idade Média o túmulo era visitado por peregrinos do Alto Minho, da Galiza a até de Castela. Hoje é procurado por pessoas de lugares mais próximos que ali vão satisfazer promessas contraídas. Uma prática ainda corrente é a de retirar do vão onde está o seu sepulcro um pouco de terra, que se guarda como relíquia. Em 1886, José Augusto Vieira escrevia que muitos devotos, depois de rezarem ajoelhados em frente ao túmulo, «[...] rojam-se sobre o pavimento para com uma pena, um ramúsculo, ou qualquer outro instrumento apropriado, esgravatarem por entre as fendas ou interstícios do túmulo o solo onde ele assenta, e pedirem assim a terra à santa para curar as maleitas, operação que é feita depois em casa, tomando a terra numa infusão de ervas escolhidas.» ([1886]: I, 540-542). Nas paredes vêem-se sempre pendurados vários ex-votos, sobretudo de cera, que testemunham os milagres da santa.
IN: João VASCONCELOS, Romarias: Um Inventario dos Santuários de Portugal, Olhapim, 1996
Outras referências:
MONTEIRO, António Xavier, Santa Senhoria e Basto, Cabeceiras de Basto, Comissão Fabriqueira de Cabeceira de Basto, 1982, 48p., il.
A vida de Santa Senhorinha (abadessa, 924-982, Vieira do Minho), desde o nascimento até à morte. A sua beatificação no século XII, baseada em curas milagrosas [ainda em vida], e a sua canonização no século XVI. Santa Senhorinha na liturgia desde o século XVI. A nova capela (século XVII) e o seu túmulo em Cabeceiras de Basto. O culto a Santa Senhorinha nos tempos modernos.
(Resumo In: Piedade Popular em Portugal, dir. Zília Osório de CASTRO e Paule LEROU, Edições Távola Redonda, 1998)
Artigo Aqui:
Pedro Vilas Boas TAVARES, "Senhorinha de Basto memórias literárias da vida e
milagres de uma santa medieval", Via Spiritus 10 (2003) pp. 7-37
Loas nas páginas 25 a 31
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