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O tema ben estraño é que en Lansbrica apareceron tres conxuntos epigráficos en linguas distintas e dedicados a deuses de culturas distintas. Cito a Xurxo Ayán, nun texto aínda inédito:
"Otro aspecto destacado que redunda en la excepcionalidad de este recinto es la aparición de un conjunto epigráfico en el entorno de la cota más alta de la cresta rocosa, al lado del tramo de muralla que ciñe la parte N de la puerta W, formado por una dedicatoria a Vlados y otra a Nabia y Abiona o Abiu. Estos epígrafes completan el ara a Bandua Lansbricae emplazada en el velvedere del jardín del vecino pazo das Eiras y la inscripción IOVI grabada en una roca junto al mismo muro W pero al S de la citada puerta. El análisis lingüístico de este conjunto epigráfico contribuye a afirmar que en Lansbrica se veneraban divinidades propias del mundo céltico, tanto general (Vlados) como local y particular (la fluvial Abiona o Abiu y la Bandua Lansbricae) y además del mundo latino (Iuppiter) y lusitano (Nabia). Según de Bernardo y García (2008: 269) no sólo los teónimos representados proceden de varias comunidades lingüisticas, sino que su mismo culto se realizó mediante tres lenguas distintas: el celta, el lusitano y el latín. Resulta muy sugerente asociar esta diversidad religiosa y lingüística con la propia naturaleza de Lansbrica como asentamiento ex novo, producto de un sinecismo que afecta a un conjunto variopinto de comunidades y poblaciones diferentes."
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Nos comentários ao artigo podemos ler:
PAEMEIOBRIGENSE
O artigo está muito bem, mas a interpretação de Xurxo Ayán das diversas línguas é insustentável: Nabia é uma divindade comúm a galaicos e lusitanos que, por outro lado, falam uma mesma língua “celtoide” segundo a expressão de X Ballesteros, essa língua é o galaico-lusitano. Galaicos e Lusitanianos são culturalmente célticos; portanto nada tem de estranho ou de curioso que convivam essas divindades, seria algo normal; como normal é que apareça Jupiter, deus máximo masculino, para denominar o deus máximo masculino céltico, ou galaico-lusitano. Isso é assimilatio. No caso dum deus máximo o seu verdadeiro nome é tabu e que não se deve pronunciar por risco a invocá-lo e que se apareça diante, ademais nas religiões politeístas (mais se são duma mesma área cultural, neste caso latinos e galaicos)é singelo convir que o teu deus máximo e o meu são o mesmo, só que lhe damos um nome diferente, nome que não será o verdadeiro, só uma alcunha, um epíteto; por isso já Tranoy deixou estabelecido que na maior parte dos casos em que aparece Júpiter quem está sendo venerado é o deus indígena equivalente. Como dizia um meu professor, devemos ter cuidado de não inventar a bicicleta, não só está ja inventada, ademais há gente que com ela corre no Tour de França.
Muito queda por pensar e prantear de como evolue o latim vulgar em cada lugar e da influência que ne-lo terão os substratos fonéticos locais, dando lugar as nossas línguas românicas, algo empeçara já a ver no seu dia o defunto Robert Omnes (um bretão que tinha tão afeito ao nosso pais como a sua Bretanha e que ademais era-che catedratico hemerito de hispanicas) mas o seu trabalho quedou, por desgraza,cortado pola enfermidade.
Muito queda por maginar nisto, por por um ex. como é que uma semiconsoante -v- que se pronunciava em latim como o -w- inglês deu lugar a uma pronuncia puramente consonantica e palatal(em Castelhano perdida pero mantida no Português) similar ao -w- do alemão?, e que curiosamente parece confundir-se já temperamento na escrita (Nabia/Navia; Endovelico/Endobelico, etc.; indica isto a dificuldade para representar este novo som co sistema gráfico do latim?) coa grafia para outra palatal próxima no seu ponto de articulação, o som -b-.
E por outro lado terá que ver isto algo (cecais como primeiro apunte ou ensaio da tendência) coa teima que temos tanto no galego-português como no ásture-leonês por ponher-nos a palatalizar consoantes sem -aparentemente- vir muito ao conto?