quarta-feira, 15 de agosto de 2018




«Postal ilustrado, colorido, dirigido a Cassiano Branco por sua filha Maria Elisa Branco, representando o castelo de S. João do Arade, em Ferragudo, no Algarve.» 22.06.1965
© Arquivo Fotográfico Municipal De Lisboa



«Postal ilustrado, colorido, dirigido a Cassiano Branco por sua filha Maria Elisa Branco, representando o castelo de S. João do Arade, em Ferragudo, no Algarve.» 22.06.1965
© Arquivo Fotográfico Municipal De Lisboa


«Postal ilustrado, colorido, dirigido a Cassiano Branco por sua filha Maria Elisa Branco, representando o castelo de S. João do Arade, em Ferragudo, no Algarve.» 22.06.1965
© Arquivo Fotográfico Municipal De Lisboa

Zona do Sapal e Largo do Dique, na fotografia mais antiga de Portimão que se conhece





Zona do Sapal e Largo do Dique, na fotografia mais antiga de Portimão que se conhece
(foto da colecção de Manuel Mendonça) Retirada daqui:
https://portimaoruaarua.blogspot.com/search?q=arade

Raul Brandão - Os Pescadores



Atravesso Portimão de olhos postos no castelo de Arade, onde o velho poeta sonha com O Fausto, e talvez como ele em recomeçar a vida. A luz é cada vez mais viva. Um homem com dois cabazes apregoa na rua: é um tipo seco e tisnado de mouro, de camisola azul e perna nua. Passa uma carrinha guizalhando, e logo atrás outro burro com bilhas de água fresca. É extraordinário o que este pobre jerico inocente e peludo, de olhos límpidos, trabalha no Algarve. É ele que leva a fruta ao mercado e tira a água das noras. Lavra as terras calcinadas, transporta pelas estradas solheirentas, adornado com cordões vermelhos, quase uma família a dorso. Vai às Caídas buscar as grandes bilhas vermelhas que transpiram, mata a sede da gente e a sede da terra – e não sei se embala os berços... Produz muito e contenta-se com pouco.

In: Raul Brandão, Os Pescadores, ed. Vítor Pena Viçoso e Luis Manuel Gaspar, Lisboa, Relógio D'Água, 2014, p.181



Fotografia de Manuel Mendonça
Retirada daqui: http://portimaoruaarua.blogspot.com/

sexta-feira, 3 de agosto de 2018

GASTÃO CRUZ - VAGAS







Imagens que passais pela retina
dos meus olhos por que vos fixais?
Acumuladas como sucessivas
vagas cativas sob o céu das praias

vós encheis ao morrer a minha vida
presente onde já nada vos chamava
porque a vida suprime-vos e cria
sucessivas imagens das imagens

Este céu que revela as ondas frias
sob a sua cratera separando-se
exaustas

como as folhas do livro da linguagem
no passado presente cresce oscila
e reconduz aos olhos as imagens

Gastão Cruz, 'Campânula', Lisboa, & etc. 1978.

imagem © Arquivos RTP
https://arquivos.rtp.pt/conteudos/casimiro-de-brito-e-gastao-cruz/#sthash.dIubIJs0.dpbs

 

Do facebook de Luis Manuel  Gaspar - Aqui

quinta-feira, 2 de agosto de 2018




Jorge Calado, À Prova de Água. Waterproof, 2018



Jorge Calado, À Prova de Água. Waterproof, 2018


As provas estendem-se de 1843 a 1997 e dividem-se em 17 secções temáticas:
«Há ‘Os Estados da Água’, que inclui tudo – neve, gelo, glaciares, geada, granizo, chuva, orvalho, géisers, nuvens, vapor, nevoeiro. A outra secção chamei ‘Os Caminhos da Água’, com a nascente, o rio, a queda de água, o lago, o pântano, o mar, o oceano. Depois seguem-se ‘Oceanos e Ondas’ e a ‘Antárctida’, que é uma das partes mais bonitas, com peças históricas das expedições do Scott e do Shackleton (com quatro fotografias do álbum que Frank Harley ofereceu ao Shackleton, com inscrições manuscritas), e também obras contemporâneas. Há outra secção que se chama ‘Na Praia’, outra sobre ‘A Natação’, com a piscina, saltos, nadadores, fotografia submarina; outra ainda, ‘Lavagens’, os banhos, duches, baptismos – a lavagem no sentido espiritual; outras sobre vela e remo, a pesca e os peixes, e ‘As Cidades Aquáticas’, só com grandes panorâmicas do séc. XIX e XX. E ainda, ‘Água Urbana’ (fontes, lagos, bocas de incêndio, poços, engenharia hidráulica), ‘Águas Perigosas’ (inundações, monção, afogamentos, naufrágios, guerra naval, poluição), ‘Água Humana’ (urina, suor e lágrimas) e ‘Água Abstracta’ (gotas, bolhas, cristais, reflexão, refracção, difusão, metáforas).»


Ler artigo AQUI

Rio Douro



Caminho de ferro do Pocinho, um aspecto do rio Douro e a barca de passagem em direcção à Barca D'Alva, 1903

 para a Edite
 
 DAQUI





quarta-feira, 4 de julho de 2018

Sophia de Mello Breyner Andresen - Documentário: 'O Nome das Coisas'










Filipe da Palma - Forte de Cacela







A CONQUISTA DE CACELA

As praças fortes foram conquistadas
por seu poder e foram sitiadas
as cidades do mar pela riqueza
Porém Cacela
foi desejada só pela beleza

Sophia de Mello Breyner Andresen



O “Forte de Cacela”, também referido como “Fortaleza de Cacela-Velha” e “Fortaleza dos Cavaleiros de Santiago de Cacela”, localiza-se na freguesia de Vila Nova de Cacela, concelho de Vila Real de Santo António, distrito de Faro, em Portugal.
História

Diante da ruína do antigo castelo, no século XVI a defesa da povoação foi remodelada por ordens de João III de Portugal (1521-1557) ou mesmo de Sebastião de Portugal (1557-1578), erguendo-se a fortificação abaluartada. É sabido que este último inspecionou pessoalmente as obras em 1573.

Em 1565 os visitadores da Ordem de Santiago descrevem a fortaleza: "Visitámos ho castello ho quall he todo murado e a muralha reformada de novo ho quall he quadrado e tem em cada canto sua torre" (continua AQUI )