sexta-feira, 7 de novembro de 2014
quinta-feira, 6 de novembro de 2014
Afonso Lopes Vieira - Lenda da Vela * Luis Manuel Gaspar - Lenda da Vela
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luis manuel gaspar, 'lenda da vela', 'prelo', 3.º série, n.º 1, lisboa, incm, jan.-abr 2006 |
AFONSO LOPES VIEIRA
LENDA DA VELA
Sobre o relevo da água
passando ao largo,
— casca de noz boiando no infinito —
vai uma vela…
Maria, com os olhos nela,
com o coração aflito,
vendo-a que sobe no irritado dorso
da vaga que arfa e que, crescendo, quási que a [afunda
e sobre que ergue novo e erguido esforço,
— Maria, com os olhos nela,
a Deus pede bom porto para a vela.
Este vento que sopra enfuna o xale
que está seus ombros cingindo,
e faz com ele o alado gesto igual
ao da vela que aos olhos vai fugindo…
Ísis, subindo o Nilo na jangada
que a remos leva na tenaz corrente,
já de remar se senta tão cansada
que mal avança já, cansadamente;
e a vontade da água é tão paciente,
tão tranquila, tão forte, que, assustada,
a pobre deusa desfalece e sente
que lhe desmaia a pálida remada.
Então, seu manto erguendo para a margem,
eis brada por socorro! — Entanto, a aragem
que o manto colhe em vivos arripios,
incha-o, redondo. . . — E rio acima, agora,
vai a nau que primeiro ao vento arvora
a Vela, mãe da glória dos navios!...
Afonso Lopes Vieira, «Lenda da vela», O Pão e as Rosas, 1908
quarta-feira, 5 de novembro de 2014
Pescadores
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fotografia de José Chaves Cruz Arquivo Municipal de Lisboa | Núcleo Fotográfico |
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fotografia de Helena Corrêa de Barros Arquivo Municipal de Lisboa | Núcleo Fotográfico |
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fotografia de Eduardo Portugal Arquivo Municipal de Lisboa | Núcleo Fotográfico |
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fotografia de Helena Corrêa de Barros Arquivo Municipal de Lisboa | Núcleo Fotográfico |
terça-feira, 4 de novembro de 2014
segunda-feira, 3 de novembro de 2014
CANÇÃO
"triste como um rio, sereno como as pontes..."
fio d'água transparente
balança de luz
na noite que se alarga
serena como um rio
serena como as pontes
estátua que conduz
estátua que conduz
o cintilar do negro
na noite que se alarga
serena como um rio
serena como as pontes
o gato que se enrola
o gato que se enrola
a limitar o brilho
que identifica o negro
que a noite percorre
sereno como um rio
sereno como as pontes
palácio que esqueci
palácio que esqueci
teu corpo já estrangeiro
no nome tão distante
felino ainda na noite
triste como um rio
triste como um rio
sereno como as pontes
Manuel de Castro, A Estrela Rutilante, ed. do autor
domingo, 2 de novembro de 2014
sábado, 1 de novembro de 2014
quinta-feira, 30 de outubro de 2014
quarta-feira, 29 de outubro de 2014
terça-feira, 28 de outubro de 2014
quinta-feira, 23 de outubro de 2014
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