quinta-feira, 8 de dezembro de 2011
Eugénio de Andrade - Poema à Mãe
Jornal de Notícias, Terça-feira, 14 de Junho de 2005 |
No mais fundo de ti,
eu sei que traí, mãe
Tudo porque já não sou
o retrato adormecido
no fundo dos teus olhos.
Tudo porque tu ignoras
que há leitos onde o frio não se demora
e noites rumorosas de águas matinais.
Por isso, às vezes, as palavras que te digo
são duras, mãe,
e o nosso amor é infeliz.
Tudo porque perdi as rosas brancas
que apertava junto ao coração
no retrato da moldura.
Se soubesses como ainda amo as rosas,
talvez não enchesses as horas de pesadelos.
Mas tu esqueceste muita coisa;
esqueceste que as minhas pernas cresceram,
que todo o meu corpo cresceu,
e até o meu coração
ficou enorme, mãe!
Olha — queres ouvir-me? —
às vezes ainda sou o menino
que adormeceu nos teus olhos;
ainda aperto contra o coração
rosas tão brancas
como as que tens na moldura;
ainda oiço a tua voz:
Era uma vez uma princesa
no meio de um laranjal...
Mas — tu sabes — a noite é enorme,
e todo o meu corpo cresceu.
Eu saí da moldura,
dei às aves os meus olhos a beber,
Não me esqueci de nada, mãe.
Guardo a tua voz dentro de mim.
E deixo-te as rosas.
Boa noite. Eu vou com as aves.
Eugénio de Andrade
quarta-feira, 7 de dezembro de 2011
Bairro Grandella
fotografias - AQUI
Junto à Estrada de Benfica, abrangendo as Ruas de Sta. Matilde, do Dr. Gregório, R. Fernandes e a Av. dos Empregados dos Armazéns do Grandella.
Freguesia / Concelho / Distrito
S. Domingos de Benfica / Lisboa / Lisboa
Função
Habitação operária
Época
Século XX, construído entre 1905-1907
Caracterização
O bairro operário foi construído por Francisco de Almeida Grandella, tendo como objectivo a criação de habitação para os operários da sua fábrica de malhas e tecidos (c. de 1889), localizada em S. Domingos de Benfica.
A edificação deste apoio social integra-se na filosofia filantrópica defendida e praticada por Grandella. O bairro construiu-se em terrenos anexos à fábrica, desenvolvendo a fachada principal para a Estrada de Benfica. Assim, o modelo apresentado por estas habitações integra-se na tipologia das vilas ou bairros operários, destacando-se a organização em ruas internas, delimitação por gradeamento do espaço habitacional, implantação em banda com módulos habitacionais repetidos, formando uma uniformidade e um ritmo próprio.
O conjunto é composto por setenta habitações, pagas de acordo como o salário auferido na unidade industrial. No entanto, o bairro impõe-se à via pública através de duas construções neo-clássicas onde foram instaladas a escola e creche para os filhos dos operários, desenvolvendo-se para o interior o espaço habitacional. Na sequência do bairro para os operários construíram-se também duas bandas para os empregados dos armazéns Grandella, subsistindo actualmente uma, revelando um maior cuidado estético.
AQUI
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VILAS DE ESCALA URBANA
No tipo mais corrente de vila, esta organiza-se em função de um espaço comum, de carácter privado, fora das vistas da rua, raramente atingindo um elevado volume de construção. Mas com o desenvolvimento desta modalidade de alojamento foi-se diversificando a respectiva tipologia — cada vez mais afastada do primitivo pátio —, ao mesmo tempo que o sucesso de anteriores realizações ia estimulando investimentos mais volumosos.
No tipo mais corrente de vila, esta organiza-se em função de um espaço comum, de carácter privado, fora das vistas da rua, raramente atingindo um elevado volume de construção. Mas com o desenvolvimento desta modalidade de alojamento foi-se diversificando a respectiva tipologia — cada vez mais afastada do primitivo pátio —, ao mesmo tempo que o sucesso de anteriores realizações ia estimulando investimentos mais volumosos.
É no quadro desta evolução que surgem vilas que, pelo volume da edificação ou pela complexidade da sua estrutura, atingem uma escala que as impõe ao nível do espaço da cidade, constituindo neste último caso um sistema viário que, sem perder o carácter segregador, ganha uma dimensão urbana. É assim que surgem verdadeiras unidades de habitação horizontal, como o Bairro Estrela de Ouro, ou conjuntos massivos de blocos em altura, como o Bairro Clemente Vicente.
A dimensão destas realizações e o seu cuidadoso planeamento, em articulação com o carácter de autonomia que sempre guardam, conduzem frequentemente à inclusão de elementos de equipamento colectivo nestes conjuntos. Trata-se geralmente de estabelecimentos comerciais de primeira necessidade, mas aparecem também escolas, espaços de convívio e, na Vila Cândida, até uma esquadra da PSP.
As entidades construtoras eram, em muitos casos, empresas industriais e, noutros, simples promotores imobiliários que permaneceram como senhorios.Mas a individualização desses promotores, em qualquer dos casos, é um elemento característico deste tipo de alojamento. Essa individualização traduz-se geralmente na própria designação da vila, por vezes representada alegoricamente em placas ou painéis de azulejo. Esta espécie de culto está, provavelmente, ligada à faceta filantrópica que por vezes caracterizava estes empreendimentos: os promotores eram capitalistas que investiam em prol do bem-estar dos seus empregados. E, em alguns casos, este sentido paternalista e tão forte que levava os proprietários a construírem no mesmo terreno, embora com a necessária separação, a sua própria residência.
Têm estas características o Bairro Grandella, o Bairro Estrela de Ouro, a Vila Cândida e O Bairro Clemente Vicente, como exemplares mais interessantes desta tipologia.
O Bairro Grandella, em Benfica, foi edificado junto de uma fábrica têxtil da empresa e denota uma concepção estrutural de arruamentos paralelos com vários tipos de habitação, destinados a diferentes escalões do pessoal. Com frente para a estrada de Benfica, o bairro é rematado por dois pavilhões, lembrando templos gregos, com colunas e frontões de coroamento, destinados a uso comum. A grade circundante foi retirada há alguns anos. Francisco de Almeida Grandella era um empresário progressista, que construiu outras obras de finalidades sociais.
O Bairro Estrela de Ouro, na Graça, foi construído em 1908 pelo industrial de confeitaria Agapito Serra Fernandes e integra vários arruamentos a que deu o nome de pessoas da sua família. Formado por pequenas unidades habitacionais em forma de U, a estrela de cinco pontas aparece como elemento decorativo sistemático.
A Vila Cândida, à Avenida General Roçadas, constitui como que uma aldeia, com traçado geométrico e um amplo largo de entrada, onde se situavam os edifícios sociais. Construída pelo banqueiro Cândido Sotto Mayor, é o exemplo típico de uma atitude filantrópica e paternalista. Após o 25 de Abril, as casas vieram a ficar na posse dos moradores, pelo que tem vindo a destruir-se a unidade de todo o conjunto.
O Bairro Clemente Vicente, no Dafundo, é constituído por três blocos compactos de cinco pisos, totalizando 240 fogos. Foi construído por um empresário empreendedor nos anos 20 e procurou dar, provavelmente, uma imagem do falanstério. Os acessos fazem-se por uma complicada estrutura metálica de escadas e varandas.
As entidades construtoras eram, em muitos casos, empresas industriais e, noutros, simples promotores imobiliários que permaneceram como senhorios.Mas a individualização desses promotores, em qualquer dos casos, é um elemento característico deste tipo de alojamento. Essa individualização traduz-se geralmente na própria designação da vila, por vezes representada alegoricamente em placas ou painéis de azulejo. Esta espécie de culto está, provavelmente, ligada à faceta filantrópica que por vezes caracterizava estes empreendimentos: os promotores eram capitalistas que investiam em prol do bem-estar dos seus empregados. E, em alguns casos, este sentido paternalista e tão forte que levava os proprietários a construírem no mesmo terreno, embora com a necessária separação, a sua própria residência.
Têm estas características o Bairro Grandella, o Bairro Estrela de Ouro, a Vila Cândida e O Bairro Clemente Vicente, como exemplares mais interessantes desta tipologia.
O Bairro Grandella, em Benfica, foi edificado junto de uma fábrica têxtil da empresa e denota uma concepção estrutural de arruamentos paralelos com vários tipos de habitação, destinados a diferentes escalões do pessoal. Com frente para a estrada de Benfica, o bairro é rematado por dois pavilhões, lembrando templos gregos, com colunas e frontões de coroamento, destinados a uso comum. A grade circundante foi retirada há alguns anos. Francisco de Almeida Grandella era um empresário progressista, que construiu outras obras de finalidades sociais.
O Bairro Estrela de Ouro, na Graça, foi construído em 1908 pelo industrial de confeitaria Agapito Serra Fernandes e integra vários arruamentos a que deu o nome de pessoas da sua família. Formado por pequenas unidades habitacionais em forma de U, a estrela de cinco pontas aparece como elemento decorativo sistemático.
A Vila Cândida, à Avenida General Roçadas, constitui como que uma aldeia, com traçado geométrico e um amplo largo de entrada, onde se situavam os edifícios sociais. Construída pelo banqueiro Cândido Sotto Mayor, é o exemplo típico de uma atitude filantrópica e paternalista. Após o 25 de Abril, as casas vieram a ficar na posse dos moradores, pelo que tem vindo a destruir-se a unidade de todo o conjunto.
O Bairro Clemente Vicente, no Dafundo, é constituído por três blocos compactos de cinco pisos, totalizando 240 fogos. Foi construído por um empresário empreendedor nos anos 20 e procurou dar, provavelmente, uma imagem do falanstério. Os acessos fazem-se por uma complicada estrutura metálica de escadas e varandas.
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Historial
Este bairro operário tem uma frente superior a 80m, virada para a Estrada de Benfica, com duas fachadas em forma de pórticos neoclássicos, que rematam dois quarteirões com cerca de 90m de profundidade. As ruas exteriores destinavam-se às famílias dos empregados dos escalões mais baixos, enquanto que o acesso aos fogos dos empregados dos escalões mais elevados era feito a partir da rua central.
Esta configuração urbana assenta em memórias materiais e espirituais integradas no ideário de socialismo utópico, pela preocupação evidente com o bem-estar dos empregados. Incorpora também expressões de cariz maçónico, como bem expressam as fachadas, quer por símbolos, quer nomeadamente pelo lema -- Sempre por Bom Caminho e Segue" --. Também por isso, o conjunto, apesar de ter sofrido, ao longo do tempo, alguma descaracterização em relação ao projecto inicial, foi classificado, em 1984, como Imóvel de Interesse Público.
AQUI
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Ainda neste bairro:AQUI
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domingo, 4 de dezembro de 2011
Igreja de Santa Barbara, em Manadas (São Jorge)
Santa Bárbara, é uma imagem encontrada no mar próximo a 4 de Dezembro de 1485, pelo marítimo do lugar Joaquim António da Silveira, a qual se encontrava dentro de uma caixa com uma cruz de pedra.
O povo juntou-se ao marítimo e, foram arrematadas 10 cabeças de gado cujo produto reverteu para a construção da primitiva igreja, a qual ficou concluída nesse mesmo ano com pora virada ao Poente e a sacristia para Nascente e uma janela em sina. À volta da da Igreja, havia o cemitério e também uma carneira do lado norte.
Posteriormente, reunidos na pequena igreja de Santa Bárbara das Manadas e da pequena parcela da Urzela (Urzelina) foi deliberado que se construísse uma igreja de maiores dimensões, cuja pedra fundamental foi o amor a Deus.
E assim foi levantado o mais belo monumento da Ilha de S.Jorge, iniciado a 25 de Julho de 1510, estando concluída toda a sua obra e estrutura, no ano de 1770.
De uma só torre de forma quadrangular em cúpula, com três sinos de belo som. A fachada desta igreja voltada a Oeste, está ornamentada com uma simples mas bela decoração, de pedra basáltica, à volta da porta principal e da janela do coro, sobre a qual, se encontra um nicho com a imagem da padroeira, Santa Bárbara.
No seu interior existe uma pia baptismal do séc XVI, trabalhada em pedra de basalto.
as mãos da escrita...
AQUI há mãos que:
Mãos que preparam
Mãos que fazem
Mãos que afeiçoam
Mãos que refazem
Mãos que moldam
papéis que andam:
Em mão alheia...
Entre mãos...
De mão em mão..
Mãos que preparam
Mãos que fazem
Mãos que afeiçoam
Mãos que refazem
Mãos que moldam
papéis que andam:
Em mão alheia...
Entre mãos...
De mão em mão..
sexta-feira, 2 de dezembro de 2011
Pai-Nosso do Vinho
Santa uva que estais na parreira,
purificada sejais sem enxofre e sem sulfato.
Venha a nós o vosso líquido
para ser bebido à nossa vontade
tanto na taverna como na nossa casa,
mas livrai-nos de quebrar a cabeça.
Ámen
quinta-feira, 1 de dezembro de 2011
segunda-feira, 28 de novembro de 2011
bodo...
3. "Convites", "confrarias" e bodos
(...)
Mas o tipo mais amplo de refeição comunitária é o bodo que, na maior parte dos casos, anda associado à festa do Espírito Santo. A sua essência reside no facto de todos os alimento se destinarem a toda a gente, sem excepção, estando o bodo desvinculado de preocupações caritativas ou sufragantes.
(...)
Sem funções caritativas nem sufragantes, os bodos tornaram-se altamente suspeitos para a mentalidade reformadora. Igreja e Coroa consorciaram-se na luta contra os bodos que foram proibidos pelas Ordenações do Reino, sob pretexto de delapidarem os bens das confrarias, de não aproveitarem às almas dos benfeitores e darem ocasião a irreverências nos lugares sagrados.
Está por explicar o verdadeiro significado dos bodos. A justificação, com base na etimologia, de que bodo provém de um voto não parece muito esclarecedora, tanto mais que outras distribuiçoes alimentares também andam associadas a votos. Se, na realidade, o bodo de Sao Brás de Torres Novas anda ligado a promessas, também as "confrarias" de Sto André de Montemor-o-Novo decorrem de promessas e dádivas de confrades.
Há quem os aproxime da dádiva cerimonial do Potlatch, mas deles parece estar usente o objectivo da «conquista ou manutenção de prestígio social» indissociável daquela dádiva ritualizada, tal como os antropólogos a definem.
Finalmente ainda, os bodos parecem celebrar, em tempos de fome, o velho mito da idade de ouro ou anunciar a esperança num reino de felicidade.
Maria Ângela Beirante, "Ritos alimentares em algumas confrarias portuguesas medievais"
In: Actas do Colóquio Internacional - Piedade Popular, 1998
Não tenhas nada nas mãos
Nem uma memória na alma,
Que quando te puserem
Nas mãos o óbolo último,
Ao abrirem-te as mãos
Nada te cairá.
Que trono te querem dar
Que Átropos to não tire?
Que louros que não fanem
Nos arbítrios de Minos?
Que horas que te não tornem
Da estatura da sombra
Que serás quando fores
Na noite e ao fim da estrada.
Colhe as flores mas larga-as,
Das mãos mal as olhaste.
Senta-te ao sol. Abdica
E sê rei de ti próprio.
Ricardo Reis
Nem uma memória na alma,
Que quando te puserem
Nas mãos o óbolo último,
Ao abrirem-te as mãos
Nada te cairá.
Que trono te querem dar
Que Átropos to não tire?
Que louros que não fanem
Nos arbítrios de Minos?
Que horas que te não tornem
Da estatura da sombra
Que serás quando fores
Na noite e ao fim da estrada.
Colhe as flores mas larga-as,
Das mãos mal as olhaste.
Senta-te ao sol. Abdica
E sê rei de ti próprio.
Ricardo Reis
sábado, 26 de novembro de 2011
vamos dar de beber à alegria
já que, enquanto não sabe o veredicto, vai andar por aí a sofrer até de madrugada...
aqui fica um fadinho:
[para o FADO, mas passando antes pelo Daniel]
aqui fica um fadinho:
[para o FADO, mas passando antes pelo Daniel]
quinta-feira, 24 de novembro de 2011
quarta-feira, 23 de novembro de 2011
lavrar a Terra
Fotografia de Alfredo Cunha |
Anjos ou deuses, sempre nós tivemos,
A visão perturbada de que acima
De nós e compelindo-nos
Agem outras presenças.
Como acima dos gados que há nos campos
O nosso esforço, que eles não compreendem,
Os coage e obriga
E eles não nos percebem,
Nossa vontade e o nosso pensamento
São as mãos pelas quais outros nos guiam
Para onde eles querem
E nós não desejamos.
Ricardo Reis
terça-feira, 22 de novembro de 2011
faina do sal em Alcochete
pãezinhos de sal |
Glossário do sal
Canastras / cestas onde era transportado o sal, com capacidade para cerca de 56litros;
Cintas / camada de lama colocada à volta das ponjas e no combro, com a finalidade de segurar a palha que cobre a serra;
Combro / camada de palha colocada no topo da serra rematando as várias ponjas que protegem o sal. O apuro na elaboração do combro vai tornar a serra mais ou menos duradoura;
Marinha / nome também dado à salina;
Marnoteiro / trabalhador responsável pelo funcionamento de toda a salina;
Moio / cerca de 840 litros de sal, 15 canastras a 56 litros cada;
Moirar / fase em que a água fica a evaporar, ganhando por isso salinidade;
Pãezinhos de sal / elaborados a partir do sal de embate que é colocado dentro de formas de madeira, com desenhos talhados em alto-relevo. São tradicionais em
Alcochete;
Ponja / chama-se a cada camada de palha disposta em altura para cobrir a serra;
Rapar / puxar e juntar o sal em pequenos montes para escorrer e limpar do magnésio antes de ser colocado na serra;
Sal de embate / cristaliza nas águas remexidas pelo vento (móveis), ficando um sal fino e gomoso que, precisamente por estas características, se mostra o melhor para manter a estrutura dos pãezinhos de sal;
Serra de sal / é formada pelo sal, depois de escorrido, que aí fica a secar até ao fim da safra sendo posteriormente protegido por uma cobertura de palha;
Talharia / conjunto dos talhos que formam a salina
Talho / rectângulo de terreno escavado onde o sal cristaliza;
Viveiro / encontra-se na parte mais elevada da marinha de forma a poder encher-se na preia-mar e despejar na baixa-mar, sendo aí controlada a quantidade de água que se mantém na marinha.
segunda-feira, 21 de novembro de 2011
bodos...
domingo, 20 de novembro de 2011
sábado, 19 de novembro de 2011
José Carlos Ary dos Santos - Plenitude
Encontrei afinal o meu caminho!
Ando louco de azul, ébrio de terra!
Como as aves que vão de ninho em ninho
Sem saber se no mundo há paz ou guerra.
A minha alma mais rubra do que o vinho
- Beijo de fogo que a verdade encerra -
Tem a doçura cândida do linho
E a resistência heróica duma serra.
Adoro o sol em êxtases pagãos,
Abençoando o dom da claridade
Que faz vibrar de luz todo o universo.
Trago o luar escondido em minhas mãos
E esta onda suprema que me invade
É o sangue da minha alma feito verso!
(1.º prémio de soneto nos Jogos Florais da Praia da Rocha, em 1951)
sementes
Na Horta semear agrião, alface, cenoura, couves, com excepção da couve-flor e brócolos. Plantar batata (nas zonas secas), alho, couve temporã, tremoço. Semear fava, ervilha, e em camas quente, alface, beterraba, cebola, nabiça, nabo, rabanete e tomate. Semear cereais de pragana, como a aveia, centeio, cevada e trigo. Colher azeitona e beterraba. Na Adega, verificar as vasilhas do vinho novo. Destilar bagulho para fazer a aguardente.
Borda D'Água
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