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quarta-feira, 15 de agosto de 2018

Zona do Sapal e Largo do Dique, na fotografia mais antiga de Portimão que se conhece





Zona do Sapal e Largo do Dique, na fotografia mais antiga de Portimão que se conhece
(foto da colecção de Manuel Mendonça) Retirada daqui:
https://portimaoruaarua.blogspot.com/search?q=arade

quinta-feira, 2 de agosto de 2018




Jorge Calado, À Prova de Água. Waterproof, 2018



Jorge Calado, À Prova de Água. Waterproof, 2018


As provas estendem-se de 1843 a 1997 e dividem-se em 17 secções temáticas:
«Há ‘Os Estados da Água’, que inclui tudo – neve, gelo, glaciares, geada, granizo, chuva, orvalho, géisers, nuvens, vapor, nevoeiro. A outra secção chamei ‘Os Caminhos da Água’, com a nascente, o rio, a queda de água, o lago, o pântano, o mar, o oceano. Depois seguem-se ‘Oceanos e Ondas’ e a ‘Antárctida’, que é uma das partes mais bonitas, com peças históricas das expedições do Scott e do Shackleton (com quatro fotografias do álbum que Frank Harley ofereceu ao Shackleton, com inscrições manuscritas), e também obras contemporâneas. Há outra secção que se chama ‘Na Praia’, outra sobre ‘A Natação’, com a piscina, saltos, nadadores, fotografia submarina; outra ainda, ‘Lavagens’, os banhos, duches, baptismos – a lavagem no sentido espiritual; outras sobre vela e remo, a pesca e os peixes, e ‘As Cidades Aquáticas’, só com grandes panorâmicas do séc. XIX e XX. E ainda, ‘Água Urbana’ (fontes, lagos, bocas de incêndio, poços, engenharia hidráulica), ‘Águas Perigosas’ (inundações, monção, afogamentos, naufrágios, guerra naval, poluição), ‘Água Humana’ (urina, suor e lágrimas) e ‘Água Abstracta’ (gotas, bolhas, cristais, reflexão, refracção, difusão, metáforas).»


Ler artigo AQUI

Rio Douro



Caminho de ferro do Pocinho, um aspecto do rio Douro e a barca de passagem em direcção à Barca D'Alva, 1903

 para a Edite
 
 DAQUI





terça-feira, 3 de julho de 2018

Margarida Relvas - A Passagem do rio




A Ilustração Portugueza: semanário: revista literária e artística, 1º Ano, N.º 1, 1 de Julho de 1884
Gravura de Pastar a partir de fotografia de Margarida Relvas


Obrigada, Armando Monteiro por esta gravura com melhor resolução

segunda-feira, 21 de maio de 2018

ANTÓNIO DE SOUSA - ACORDES





Fotografia de Maria João Brito de Sousa

Rio de risos brandos, a cantar.
Oh rio doutras sedes! Rio — claro
e fugidio espelho desta hora em que me paro!
Onde é o teu mar?

Para quem tua voz e os teus cabelos
de algas, com diademas de seixinhos?
Tua pele friorenta e os teus caminhos
de sonho e névoa, aos siderais castelos?

Para quem teu mistério: esse desejo
vagabundo, que flui entre estrelas e lodos?
Onde o abraço que abrace os teus abraços todos?
E onde aquela onda em que afoguei um beijo?


António de Sousa, 'Ilha Deserta', Coimbra, Edições Presença, 1937; 2.ª ed., com desenhos de Manuel Ribeiro de Pavia, Lisboa, Editorial Inquérito, 1954.

Do blog https://antoniodesousa.blogs.sapo.pt/


Via Luis Manuel Gaspar


quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

Fografias do Boletim Fotográfico






Fotografia de Silva Nogueira
Boletim Fotográfico
, Janeiro de 1900

Fotografia de Augusto Soares
Boletim Fotográfico
, Outubro e Novembro de 1900


Fotografia de F. Viegas 
Boletim Fotográfico
, Setembro de 1900







Fotografia de S. Fortes
Boletim Fotográfico
, Outubro e Novembro de 1900





Fotografia de C. Trincão
Boletim Fotográfico
, Abril de 1900




Fotografia do Visconde de Coruche
Boletim Fotográfico
, Fevereiro de 1900

sábado, 3 de fevereiro de 2018

Miguel Martins - Aldeia




Adoro as levadas caudalosas,
serpenteando por entre avencas,
levando consigo pequenos blocos de terra,
ensopando a terra,
matando a sede a raízes
que mais parecem teias de aranha
cujo centro se esconde a vários palmos de distância
ou longilíneas tarântulas

Adoro os Verões iniciáticos,
a aprendizagem de caminhos e trabalhos sob as copas densas,
os banhos na represa por entre libélulas e alfaiates
e o esgar de nojo,
quando, da ponte,
se avista lá ao fundo um gato morto
preso nas silvas das margens de água límpida

Adoro os Invernos laboriosos,
as encostas escorregadias,
a lama nas botas,
a misteriosa caminhada até cada courela,
o gesto medieval que ceifa o talo à couve,
o toucinho na salgadeira

Adoro o regresso do ruído,
a chegada das crianças da cidade,
adoro vê-las subir às amoreiras,
as mãos miúdas confiando em nós de madeira centenária, enquanto os pais me visitam na adega,
cortamos uma broa e abrimos uma garrafa de morangueiro fresco

Adoro as casulas e os paramentos na sacristia
e o pó que os cobre nos meses de ausência do padre
e o branco nu da capela
e a pedra nua de todas as outras casas,
que é da cor das folhas de tabaco secas da plantação que o Eduardo tem ao fundo do povo e esconde dos fiscais
(ele que já viu mais mundo que todos os fiscais da região e trabalhou na PanAm e foi aos Estados Unidos)

Adoro as trutas apanhadas à mão e o viveiro de trutas, nossa única indústria desde que ruiu o moinho de água
e só Deus sabe quanto isso me custou e custa,
saber que não mais sentirei o cheiro do milho acabado de moer

Adoro as idas à mercearia da aldeia vizinha
e a pouquíssima variedade de produtos que aí se encontra,
como se estivéssemos em tempo de guerra
ou o século XX não ousasse começar por aqui

Adoro os fogões a lenha,
as enormes arcas de nogueira,
os colchões de palha de milho
confortavelmente concavados por décadas de hóspedes e a remota possibilidade de serem do tempo
em que João Brandão, “o terror das Beiras”, se acoitou nestas casas

Adoro os audazes mergulhos da ponte metálica coberta de caganitas de cabra
e as cabras
e a mão desusada que as conduz
e que sabe amar quando é chegada a noite
ou quando é chamada a iluminar um recanto de sombra

Adoro as lamparinas e os morcegos que vêm chupar o azeite das torcidas,
o cheiro das queimadas e o cheiro do tojo
acabado de roçar,
e as pequenas manchas roxas
que as amoras esmagadas imprimem no chão

Adoro as ameaças e as benesses do céu
e a certeza de que nelas se escondem todas as respostas da irrevogável vontade de Deus
e adoro como uns são pais dos filhos dos outros
e deixam Deus fora da questão
e não pegam em espingardas

Sim, adoro esta aldeia sem caçadores
em que os pardais só temem os espantalhos
e os gritos que ecoam desde o outro lado das montanhas

Adoro o tio Alfredo, que espantava as almas penadas, batendo com uma corda nas costas,
e o primo Alfredo
que trabalha tanto como quem trabalha mais
e mimetiza o mesmo gesto
para afugentar as dores que isso lhe dá por todo o corpo

Adoro a iniciação sexual dos rapazes,
quase sempre com outros rapazes,
anos antes de terem uma rapariga,
o que só acontece aos doze anos e depois não quer dizer nada,
que é como quem diz, fica vida fora

Adoro o orvalho desenhando folhas de plantas nos vidros das janelas
e janelas nas folhas das plantas
e a nitidez de todos os veios destas
e de todas as veias na pele das mulheres,
que nunca tomaram banhos de sol
e sempre cobrem as cabeças com lenços
ou chapéus de palha

E adoro-vos a vós
que nunca vistes nem vereis a minha aldeia
e acabais de a adoptar pelo útero

(Atol, Clube dos Poetas Vivos, Lisboa, 2002)


Leitura de Raquel Marinho (clicar para ouvir)

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

sexta-feira, 15 de setembro de 2017

Francisco Rodrigues Lobo



Fermoso rio Lis, que entre arvoredos
Ides detendo as águas vagarosas,
Até que üas sobre outras, de invejosas,
Ficam cobrindo o vão destes penedos;

Verdes lapas, que ao pé de altos rochedos
Sois morada das Ninfas mais fermosas,
Fontes, árvores, ervas, lírios, rosas,
Em quem esconde Amor tantos segredos;

Se vós, livres de humano sentimento,
Em quem não cabe escolha nem vontade,
Também às leis de Amor guardais respeito.

Como se há-de livrar meu pensamento
De render alma, vida e liberdade,
Se conhece a razão de estar sujeito?



Francisco Rodrigues Lobo, Daqui:

terça-feira, 12 de setembro de 2017







Luis Manuel Gaspar, «O sonho da água dorme no pimenteiro» (Herberto Helder)
n.º 2, tinta-da-china e acrílico sobre papel, 210 x 148 mm, 2017

Do: herbário de bolso, de Luis Manuel Gaspar
Facebook


Sobre a relação dos desenhos com a poesia em Luís Manuel Gaspar, diz-nos Rosa Maria Martelo: «Muitos dos desenhos de Luis Manuel Gaspar subentendem as palavras da poesia. Não apenas porque a surpresa que provocam pode resultar de articulações metafóricas, de um tropo que liga dois reinos para produzir um terceiro, mas também porque, em muitos casos, os desenhos se destinaram a acompanhar poemas, ou partiram de textos; e ainda porque, nas pranchas dedicadas a vários poetas, encontramos as imagens que Luis Manuel Gaspar quis que víssemos nos versos reproduzidos, ou a par deles. É um mundo onde as imagens da poesia e as imagens visuais se interpelam mutuamente. Livremente. Um mundo para ver, ler e imaginar. Fluido, delicado, irónico e inquieto. E cheio de gravidade.»

Daqui:

sexta-feira, 8 de setembro de 2017

Portimão - Desembarque do peixe





Artur Pastor, Desembarque do peixe, Portimão, anos 60
fotografia do Arquivo Municipal de Lisboa | fotográfico




Artur Pastor, Desembarque do peixe, Portimão, anos 60
fotografia do Arquivo Municipal de Lisboa | fotográfico




Artur Pastor, Desembarque do peixe, Portimão, anos 60
fotografia do Arquivo Municipal de Lisboa | fotográfico

Lavadeiras do Rio Mira (Odemira)



"Lavadeiras do Rio Mira" (Odemira)
Ilustração Portugueza, Novembro de 1913

segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Domingos Alvão - Lavadeiras




Cliché de Domingos Alvão, ["Água tranquila - Lavadeiras num rio de Portugal"]
 Illustração Portugueza, 22 de Junho de 1914



Cliché de Domingos Alvão, "Lavadeira no Rio Leça"
Illustração Portugueza, 14 de Dezembro de 1914


Daqui: Etnografia em Imagens

quinta-feira, 24 de agosto de 2017




Ponte sobre o Tejo, projecto de E. Bartissol e T. Seyrig, O Occidente, n.° 380, 1889
ilustração de  L. Freire [Imagem da Hemeroteca Digital]

[...]

O projecto dá á ponte a extensao de 2310 metros, completando-a com uma linha ferrea que partirá da estação do Rocio a ligar com a do Barreiro, n'um percurso de 15 kilometros e meio.

Do Rocio sahirá a linha em tunnel seguindo em curva para a esquerda, voltando assim de forma a passar quasi sob a praça do Principe Real, e indo desemhocar no valle formado pela rua de S. Bento, perto do palacio das Côrtes.

Atravessa então a rua de S. Bento em linha recta inclinando-se depois novamente para esquerda n'outra curva, e passa por detraz dos Cortes. N'esse ponto a linha será aberta em trincheira e em tunnel, e estabelecer-se-ha a estação da rua de S. Bento.

A calçada da Estrella é atravessada em subterraneo, e o seu transito não será interrompido nem pelos trabalhos nem pela exploração.

Este subterraneo prolongar-se-ha na extensão de 4oo metros, indo a trincheira, que segue, terminar acima da Rocha do Conde d'Obidos.

É facil, diz o sr. Bartissol na sua memoria publicada na "Gazeta ds Caminhos de Ferro", fazer chegar ahi uma estrada que, vindo da esquerda e a direita, communique_com a ponte, pondo d'este modo, em relação directa e facil com ella, o bairro de Buenos-Ayres e a parte baixa da cidade, inferior as Côrtes, como o Conde Barão, etc.

LER CONTINUAÇÃO DO ARTIGO:  AQUI