Aflige o Destino, depois do olhar, com marcas.
Porquê chorar agora por sombras e quimeras?
Cuidado! Tem cuidado! Nunca é demais lembrar-te:
Entre o dente a garra do leão não adormeças!
Não deixes que a vida te iluda e entorpeça,
Se o condão dos seus olhos é vigiar sem trégua.
Oh, noites! Queira Deus afastar-nos do seu ócio,
Noites que a Sorte muda, com mão traiçoeira.
O seu prazer engana: é flor que traz no seio
A víbora que ágil se atira a quem a colhe.
De tanta dinastia que Deus favorecera
O que ficou? Há rastos? Pergunta à tua memória!
IBN ABDUN DE ÉVORA
(c. 1050 - 1135)
Cuidado! Tem cuidado! Nunca é demais lembrar-te:
Entre o dente a garra do leão não adormeças!
Não deixes que a vida te iluda e entorpeça,
Se o condão dos seus olhos é vigiar sem trégua.
Oh, noites! Queira Deus afastar-nos do seu ócio,
Noites que a Sorte muda, com mão traiçoeira.
O seu prazer engana: é flor que traz no seio
A víbora que ágil se atira a quem a colhe.
De tanta dinastia que Deus favorecera
O que ficou? Há rastos? Pergunta à tua memória!
IBN ABDUN DE ÉVORA
(c. 1050 - 1135)
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