domingo, 29 de abril de 2018

Lenda da Praia da Rocha



In:Nova, Maria Manuela Neves Casinha, 1960-,
As lendas do sobrenatural da região do Algarve, 2013

In:Nova, Maria Manuela Neves Casinha, 1960-,
As lendas do sobrenatural da região do Algarve, 2013

In:Nova, Maria Manuela Neves Casinha, 1960-,
As lendas do sobrenatural da região do Algarve, 2013

In:Nova, Maria Manuela Neves Casinha, 1960-,
As lendas do sobrenatural da região do Algarve, 2013





Nova, Maria Manuela Neves Casinha, 1960-, As lendas do sobrenatural da região do Algarve, Tese de doutoramento, Estudos de Literatura e de Cultura (Literatura Oral e Tradicional), Universidade de Lisboa, Faculdade de Letras, 2013


Retirada do Volume 2 da Tese que se encontra AQUI

Adriano de Sousa Lopes




Adriano de Sousa Lopes, A Descarga do Barco




Adriano de Sousa Lopes, Velas na luz, c. 1930

Adriano de Sousa Lopes




Adriano de Sousa Lopes




Finda a Feira de Antiguidades de Lisboa, ficou-me na memória este desenho fabuloso de Sousa Lopes. Que maravilha. De imediato fui transportado para um certo cantar de Pedro Homem de Mello:

Últimas Vontades

Na branca praia, hoje deserta e fria,
De que se gosta mais do que de gente,
Na branca praia, onde te vi um dia
Para sonhar, já tarde, eternamente,

Achei (ia jurá-lo!) à nossa espera,
Intacto o rasto dos antigos passos,
Aquela praia, inamovível, era
Espelho de pés leves, depois lassos!

E doravante, imploro, em testamento,
Que, nesta areia, a espuma seja a tiara
Do meu cadáver, preso ao teu e ao vento...

— Vaivém sexual, que o mar lega aos defuntos? —
Se em vida, agora, tudo nos separa
Ó meu amor, apodreçamos juntos!

Pedro Homem de Mello, in "Ecce Homo"

Quadro e foto de Galerie Philippe Mendes

sábado, 28 de abril de 2018

Praia da Rocha (Algarve, Portugal): um paradigma da antropização do litoral - Joana Gaspar de Freitas





RESUMO

A Praia da Rocha tem pouco mais de um século de existência no que toca à sua ocupação com vista à utilização dos banhos marítimos. Durante este tempo, a localidade transformou-se radicalmente passando de um pequeno povoado à beira-mar com meia dúzia de casas a um grande centro urbano que, durante o verão, atrai milhares de turistas. Este crescimento urbano desmedido, registado sobretudo nas últimas décadas do século XX, mostra-se muito semelhante ao que ocorreu na maioria dos núcleos costeiros do Algarve Central. O caso da Praia da Rocha, porém, revela-se paradigmático, uma vez que no arranque da expansão turística, no princípio dos anos 70, se procedeu à alimentação artificial da praia, com vista ao alargamento do areal para aumentar a sua capacidade de utilização balnear e para evitar que as vagas atingindo as falésias pusessem em risco as construções edificadas ali na última década. O sucesso das operações de enchimento (1970, 1983 e 1996) fazem da Praia da Rocha um caso único no país e um magnífico exemplo de antropicosta. O êxito alcançado na ampliação do areal na Rocha teve, contudo, um lado perverso no que toca à ocupação humana daquele litoral: possibilitou a expansão do turismo de massas, ao criar uma praia com maior capacidade de carga e ao permitir – graças à subtracção da arriba aos processos marinhos - um crescimento da volumetria das construções, dando origem, a partir dos anos 80, ao aparecimento de uma frente contínua de edificações de grandes dimensões adjacentes à costa. Neste trabalho traça-se o perfil histórico desta praia, acompanhando a sua evolução urbana com base na comparação de material iconográfico, fotografias aéreas e cartas, tentando perceber de que forma as actividades antrópicas ali desenvolvidas (essencialmente balneares) determinaram a sua configuração actual. Pretende-se ainda mostrar como a nível da gestão costeira é essencial compreender a evolução diacrónica das zonas costeiras para se ter uma correcta percepção de risco, já que algumas praias aparentemente estabilizadas podem oferecer uma falsa sensação de segurança. Grande parte das populações que ocupam hoje o litoral não possuem – pelo seu desenraizamento face àquele espaço – a noção da sua instabilidade. Mas, os técnicos e autoridades com responsabilidade na gestão da orla litoral não podem ignorar a história e memória da erosão costeira, sob pena de num futuro recente enfrentarem graves problemas em consequência do seu alheamento face à intensificação da ocupação humana de zonas de risco e da não aplicação de medidas de adaptação.
 
Joana, Gaspar de Freitas "Praia da Rocha (Algarve, Portugal): um paradigma da antropização do litoral", Revista da Gestão Costeira Integrada 12 (1), 2012,  pp. 31-42

Do facebook de  Filipe da Palma



Rio Arade











sábado, 31 de março de 2018

domingo, 25 de março de 2018

Manuel de Freitas - Hotel Praia, Quarto 508



Para a Inês


I

São ruas que vão até ao mar, abruptamente
- ou é o mar que, desde sempre, nelas
encontrou morada? Indiferentes a esta pergunta
ociosa, as mulheres falam de casas, discutem
preços e amarguras, alugam barracas por um dia.


E vestem-se de luto ou de cores tão improváveis
como Deus, enquanto distribuem bênçãos,
pequenos rancores, rios de ouro sobre o peito.
Será talvez um modo atávico de exorcizarem a fome
nas casas que não têm mas alugam, sentadas junto ao mar.

Não sorriem nunca, por excesso ou falta de razões.


II

Não esperava, trinta anos depois, reconhecer
a Nazaré. Igual a sim mesma, fintou o progresso
no desmando da morte e no cheiro seco
dos carapaus jacentes (só um gato preto, sem
jeito para o negócio, foi poupado ao extermínio). 

Diferente é apenas vê-la agora desta varanda,
contigo ao lado, e perceber a alegria que
irmana dos telhados e balcões, sob os farrapos
de uma língua apátrida que nem o amor
nem o mar conseguiriam devidamente pardonner

Um homem de fato completo deixou-nos ver a lua.


III

Há quem veja na sereia, que um dia se cansou,
razão suficiente para tantas mortes.
E há quem desça sem temor as escadas que vão
do Forte ao rochedo do Guilhim. Nós, menos
confiantes, olhávamos as grutas, escolhíamos pedras. 

Conchas com água dentro, recentes pedacinhos de ossos.


IV

E era como se caminhássemos sobre a lua
e o vento de Agosto nos juntasse lado
a lado, quando já não há degraus.



Pedacinhos de Ossos
Manuel de Freitas
Averno, Lisboa, Novembro 2012

domingo, 4 de março de 2018

sábado, 3 de março de 2018







A Colecção Gulbenkian de Livros Manuscritos Ocidentais e as Inundações de 1967

Ideia original
Manuela Fidalgo e João Carvalho Dias

Realização, operação de câmara e edição
Márcia Lessa




Helena Nilo, 6.05.2016







Adelino Furtado, Poço, Quinta da Regaleira, Sintra, 1926



Adelino Furtado, Poço, Quinta da Regaleira, Sintra, 1926

sexta-feira, 2 de março de 2018

Francisco Afonso Chaves

 

Fotografia de Francisco Afonso Chaves

 
Mais fotografias AQUI

Amália Rodrigues - Vagamundo (1961)



Amália Rodrigues e Alain Oulman


Um dia estava eu num acampamento e levaram-me o Alain Oulman, que tinha feito uma música a pensar em mim, o Vagamundo. Fui ouvir e gostei.
(…)
Para além da música, o Alain, com a sua vasta cultura, fez-me travar conhecimento com grandes poetas. Ele não só fazia as músicas, como ia procurar, aos livros de poesia, letras para as músicas. Dedicou-me um tempo grande. Não me influenciou mas, durante um tempo, andei toda contente com aquela descoberta que ele me trazia. Trabalhámos muito os dois.
(…)
O Alain trouxe um público que não estava comigo (…) Mas o Alain não me veio explicar nada. Eu é que quando não sabia alguma coisa lhe perguntava. (…) A partir deste primeiro disco, o Alain foi sempre muito importante para mim…

AMÁLIA RODRIGUES
Amália, uma Biografia por Vítor Pavão dos Santos,
Lisboa, Contexto Editora, p.151








Alain Oulman


Mirante da praia do Homem do Leme – anos 20



 Mirante da praia do Homem do Leme – anos 20


DAQUI




João Francisco Camacho, Ilha da Madeira. Costa Norte, 1865 - 1875,
Arquivo de Documentação Fotográfica / DDCI/DGPC

quinta-feira, 1 de março de 2018

Arte xávega na Costa da Caparica a Património ImateriaL






A Arte-Xávega é uma técnica de pesca tradicional que consiste na utilização de uma rede de cerco envolvente que é lançada no mar e depois puxada para terra.

 LER ARTIGO AQUI






A pesca com a Arte-Xávega na Costa da Caparica é uma prática de pesca local tradicional, cujos principais elementos móveis são as embarcações e as redes ou artes. A chata corresponde a um tipo de embarcação adaptado às condições do mar da região. As chatas são construídas segundo as indicações do proprietário, em estaleiros fora do concelho de Almada. As chatas atualmente utilizadas na pesca com Arte-Xávega na Costa da Caparica são construídas em madeira ou fibra com medidas aproximadas de seis metros e vinte de comprimento, dois metros e quarenta de boca e noventa centímetros de pontal (medidas da Chata S. José com a matricula TR-151513-L). O fundo da embarcação, sem quilha, é plano para facilitar o deslizamento na areia (de onde deriva a designação chata) a proa é larga e elevada, para vencer a rebentação, com painel de popa onde está é colocado o motor fora de bordo basculante. A chata divide-se em Proa (onde vão os remadores), Sé do Meio (compartimento onde se colocam as cordas e a rede) e Popa, onde segue o arrais, o calador e o camarada que larga o saco. Na cara do barco em ambos os lados do casco junto à proa, a grande maioria dos barcos de pesca artesanal da Costa da Caparica tanto os utilizados da Arte-Xávega como em outras artes de pesca, encontram-se pintadas imagens de cariz simbólico sendo o olho o mais representativo, contudo também se encontram outros símbolos tais como estrela, rosa-dos-ventos, cruz, peixe estilizado, emblema desportivo. Conforme refere Octávio Lixa Filgueiras estas representações de cariz mágico religioso estarão associadas à proteção e / ou sacralização do barco (FILGUEIRAS, 1978). Sendo mais comum a explicação da utilização do “olho” como proteção contra o “mau-olhado” a dimensão sagrada encontra-se igualmente patente nos nomes de alguns barcos como S. José, Deus te Guie ou Há-de ser o que Deus Quiser. Ainda relativamente à pintura do olho encontram-se várias interpretações junto dos pescadores: a tradição ou até «para ver o peixe». Destaca-se contudo que entre as várias representações estilizadas do “olho” pintado na cara do barco uma das mais características da Costa da Caparica apresenta-se como uma fusão de olho e peixe que na linha superior apresenta doze pestanas que segundo alguns pescadores significam os doze apóstolos, alusão que apresenta um paralelismo acentuado com a imagem votiva existente na Igreja da Costa da Caparica representando um barco meia-lua tripulado pelos doze apóstolo.






«Um grande, pormenorizado e expressivo olho decorava, igualmente, a cara branca, não delimitada, deste belo saveiro, na Costa da Caparica, por volta de 1965.»

DAQUI  [Ver, também, aqui algumas considerações sobre a representação decorativa do olho nas embarcações de pesca]

AQUI

AQUI


quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018




Joaquim Manuel Magalhães


In:
Joaquim Manuel Magalhães, «Light at Two Lights», in João Miguel Fernandes Jorge, Jorge Molder, Joaquim Manuel Magalhães,'Uma Exposição', Lisboa, A Regra do Jogo, 1980.


[Retirado Daqui]

Lavadeiras



Fotografia de C. Trincão

Boletim Fotográfico, Abril de 1900


J. A. Soares - Castelo de D'Almourol





Fotografia de J. A. Soares
"Boletim Fotográfico", Agosto de 1900

Fografias do Boletim Fotográfico






Fotografia de Silva Nogueira
Boletim Fotográfico
, Janeiro de 1900

Fotografia de Augusto Soares
Boletim Fotográfico
, Outubro e Novembro de 1900


Fotografia de F. Viegas 
Boletim Fotográfico
, Setembro de 1900







Fotografia de S. Fortes
Boletim Fotográfico
, Outubro e Novembro de 1900





Fotografia de C. Trincão
Boletim Fotográfico
, Abril de 1900




Fotografia do Visconde de Coruche
Boletim Fotográfico
, Fevereiro de 1900

domingo, 4 de fevereiro de 2018




Helena Corrêa de Barros, Tirando água do poço, [entre 1950 e 1960]
Fotografai do Arquivo Municipal de Lisboa | Fotográfico

sábado, 3 de fevereiro de 2018

Miguel Martins - Aldeia




Adoro as levadas caudalosas,
serpenteando por entre avencas,
levando consigo pequenos blocos de terra,
ensopando a terra,
matando a sede a raízes
que mais parecem teias de aranha
cujo centro se esconde a vários palmos de distância
ou longilíneas tarântulas

Adoro os Verões iniciáticos,
a aprendizagem de caminhos e trabalhos sob as copas densas,
os banhos na represa por entre libélulas e alfaiates
e o esgar de nojo,
quando, da ponte,
se avista lá ao fundo um gato morto
preso nas silvas das margens de água límpida

Adoro os Invernos laboriosos,
as encostas escorregadias,
a lama nas botas,
a misteriosa caminhada até cada courela,
o gesto medieval que ceifa o talo à couve,
o toucinho na salgadeira

Adoro o regresso do ruído,
a chegada das crianças da cidade,
adoro vê-las subir às amoreiras,
as mãos miúdas confiando em nós de madeira centenária, enquanto os pais me visitam na adega,
cortamos uma broa e abrimos uma garrafa de morangueiro fresco

Adoro as casulas e os paramentos na sacristia
e o pó que os cobre nos meses de ausência do padre
e o branco nu da capela
e a pedra nua de todas as outras casas,
que é da cor das folhas de tabaco secas da plantação que o Eduardo tem ao fundo do povo e esconde dos fiscais
(ele que já viu mais mundo que todos os fiscais da região e trabalhou na PanAm e foi aos Estados Unidos)

Adoro as trutas apanhadas à mão e o viveiro de trutas, nossa única indústria desde que ruiu o moinho de água
e só Deus sabe quanto isso me custou e custa,
saber que não mais sentirei o cheiro do milho acabado de moer

Adoro as idas à mercearia da aldeia vizinha
e a pouquíssima variedade de produtos que aí se encontra,
como se estivéssemos em tempo de guerra
ou o século XX não ousasse começar por aqui

Adoro os fogões a lenha,
as enormes arcas de nogueira,
os colchões de palha de milho
confortavelmente concavados por décadas de hóspedes e a remota possibilidade de serem do tempo
em que João Brandão, “o terror das Beiras”, se acoitou nestas casas

Adoro os audazes mergulhos da ponte metálica coberta de caganitas de cabra
e as cabras
e a mão desusada que as conduz
e que sabe amar quando é chegada a noite
ou quando é chamada a iluminar um recanto de sombra

Adoro as lamparinas e os morcegos que vêm chupar o azeite das torcidas,
o cheiro das queimadas e o cheiro do tojo
acabado de roçar,
e as pequenas manchas roxas
que as amoras esmagadas imprimem no chão

Adoro as ameaças e as benesses do céu
e a certeza de que nelas se escondem todas as respostas da irrevogável vontade de Deus
e adoro como uns são pais dos filhos dos outros
e deixam Deus fora da questão
e não pegam em espingardas

Sim, adoro esta aldeia sem caçadores
em que os pardais só temem os espantalhos
e os gritos que ecoam desde o outro lado das montanhas

Adoro o tio Alfredo, que espantava as almas penadas, batendo com uma corda nas costas,
e o primo Alfredo
que trabalha tanto como quem trabalha mais
e mimetiza o mesmo gesto
para afugentar as dores que isso lhe dá por todo o corpo

Adoro a iniciação sexual dos rapazes,
quase sempre com outros rapazes,
anos antes de terem uma rapariga,
o que só acontece aos doze anos e depois não quer dizer nada,
que é como quem diz, fica vida fora

Adoro o orvalho desenhando folhas de plantas nos vidros das janelas
e janelas nas folhas das plantas
e a nitidez de todos os veios destas
e de todas as veias na pele das mulheres,
que nunca tomaram banhos de sol
e sempre cobrem as cabeças com lenços
ou chapéus de palha

E adoro-vos a vós
que nunca vistes nem vereis a minha aldeia
e acabais de a adoptar pelo útero

(Atol, Clube dos Poetas Vivos, Lisboa, 2002)


Leitura de Raquel Marinho (clicar para ouvir)


Helena Nilo, Lagos, Setembro, 2014

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

domingo, 28 de janeiro de 2018



«Desembarque dos passageiros das canoas cacilheiras no Cais do Sodré», colecção Legado Seixas, do Arquivo Municipal de Lisboa | fotográfico



Luis Manuel Gaspar, desenho para Al Berto, «Cartas de Outono» Ler, n.º 31, 1995.
[Bugio]

segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

Chafariz das Moiras (Mouras), Lisboa, Santa Maria Maior





Chafariz das Moiras, Largo do Correio- Mor
fotografia de Daniel Soares Ferreira


Inaugurado em 1816, no vale das Moiras no Lumiar, projecto do arquitecto José Therésio Michelotti, com água de uma mina ali existente. No entanto, a mina revelou-se insuficiente para satisfazer a população e a Câmara Municipal ordenou que se enchesse os depósitos com água proveniente dos Chafarizes da Convalescença e da Cruz do Tabuado. Até 1940 as três bicas do chafariz abasteceram a população (a central recebendo água da mina e as laterais água da distribuição da cidade).
Em meados do século XX procedeu-se a sua demolição, tendo o seu pano de fachada sido aproveitado e colocado no Largo em frente ao Palácio do Correio-mor (na rua de São Mamede ) o qual sofreu um arranjo urbanístico.
Informação retirada Daqui 


[...]

Ficha descritiva:
Arquitectura infraestrutural, tardo-barroca. Chafariz de espaldar simples composto por paraestática, com pilastras rústicas e toscanas, rematadas em friso e cornija. O espaldar possui apainelado com inscrição e pedra de armas e três bicas circulares, que vertem para tanque contracurvado e galbado, com bordo boleado. Possui réguas metálicas para apoio de vasilhame. Chafariz com a fachada principal reaproveitada de um antigo chafariz do tipo caixa, que se erguia no Lumiar, demolido por questões urbanísticas. Está enquadrado por muro de suporte de terras, formando uma elipse, que cria um amplo largo. De destacar a estrutura do tanque, contracurvado e galbado, o elemento mais elegante e erudito do conjunto.
Informação retirada Daqui



Eduardo Portugal, Chafariz das Mouras  na Alameda das Linhas de Torres
Fotografia do Arquivo Municipal de Lisboa | fotográfico

O Chafariz das Mouras foi projectado pelo arquitecto José Therésio Michelotti e construído entre 1813-1815. A sua inauguração decorreu no dia 27 de Julho de 1816.  Tem a forma de pavilhão de parque. É quadrangular de cobertura tronco-piramidal de arestas curvilíneas, rematada por uma urna. A tabela do frontão desce até envolver a bica central. Tem três bicas. Ostenta o brasão real. Tem uma legenda ao centro dizendo «Utilidade do Público anno de 1815». Este chafariz situava-se na Alameda das Linhas de Torres, mas no século XX, foi demolido e a fachada e a bacia foram transferidos para o Largo do Correio-Mor.  
Informação retirada Daqui



Eduardo Portugal, Chafariz das Mouras  na Alameda das Linhas de Torres
Fotografia do Arquivo Municipal de Lisboa | fotográfico


Chafariz das Mouras na Alameda das Linhas de Torres
Fotografai do Arquivo Municipal de Lisboa | fotográfico


Registo no SIPA - http://www.monumentos.gov.pt/site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=25673
Mais informação aqui