quarta-feira, 20 de maio de 2020
terça-feira, 19 de maio de 2020
domingo, 29 de março de 2020
Senhora da Rocha, de Sophia de Mello Breyner Andresen
Isto já se vai tornando um hábito para mal de todos, especialmente de vocês. Mas este foi a pedido, o que me deixa muito feliz. Cá está ele com muito carinho, Helena Nilo! [Daniel Soares Ferreira - Aqui ]
SENHORA DA ROCHA
Tu não estás como Vitória à proa
Nem abres no extremo do promontório as tuas asas
Nem caminhas descalça nos teus pátios quadrados e caiados
Nem desdobras o teu manto na escultura do vento
Nem ofereces o teu ombro à seta da luz pura
Mas no extremo do promontório
Em tua pequena capela rouca de silêncio
Imóvel, muda inclinas sobre a prece
O teu rosto feito de madeira e pintado como um barco
O reino dos antigos deuses não resgatou a morte
E buscamos um deus que vença connosco a nossa morte
É por isso que tu estás em prece até ao fim do mundo
Pois sabes que nós caminhamos nos cadafalsos do tempo
Tu sabes que para nós existe sempre
O instante em que se quebra a aliança do homem com as coisas
Os deuses de mármore afundam-se no mar
Homens e barcos pressentem o naufrágio
E por isso não caminhas cá fora com o vento
No grande espaço liso da luz branca
Nem habitas no centro da exaltação marinha
O antigo círculo dos deuses deslumbrados
Mas rodeada pela cal dos pátios e dos muros
Assaltada pelo clamor do mar e a veemência do vento
Inclinas o teu rosto
Imóvel muda atenta como antena.
Sophia de Mello Breyner Andresen , Geografia, 1962
quinta-feira, 16 de janeiro de 2020
Porto de Portimão
Porto de Portimão |
daqui: https://ahistorianacidade.files.wordpress.com/2010/12/barcos-cortic3a7a.jpg
domingo, 5 de janeiro de 2020
Viveiro de Trutas de Aguincho
Helena Nilo, Viveiro de trutas de Aguincho, Dezembro de 2019 |
Helena Nilo, Viveiro de trutas de Aguincho, Dezembro de 2019 |
Helena Nilo, Viveiro de trutas de Aguincho, Dezembro de 2019 |
Helena Nilo, Viveiro de trutas de Aguincho, Dezembro de 2019 |
Helena Nilo, Viveiro de trutas de Aguincho, Dezembro de 2019 |
Helena Nilo, Viveiro de trutas de Aguincho, Dezembro de 2019 |
Helena Nilo, Viveiro de trutas de Aguincho, Dezembro de 2019 |
terça-feira, 24 de dezembro de 2019
sábado, 23 de novembro de 2019
Madredeus - O sonho
um sonho que sonhou
não conta tudo o que encontrou
Contar um sonho é proibido
Eu sonhei
um sonho com amor
e uma janela e uma flor
uma fonte de água e o meu amigo
E não havia mais nada...
só nós, a luz, e mais nada...
Ali morou o amor
Amor,
Amor que trago em segredo
num sonho que não vou contar
e cada dia é mais sentido
Amor,
eu tenho amor bem escondido
num sonho que não sei contar
e guardarei sempre comigo
Letra e música: Pedro Ayres Magalhães
sexta-feira, 22 de novembro de 2019
quinta-feira, 7 de novembro de 2019
Daniel Soares Ferreira - Fonte Românica de Fonte Arcada
Daniel Soares Ferreira, Fonte Românica, de Fonte Arcada, Sernacelhe, Outubro de 2019 |
Retirada daqui: |
sábado, 2 de novembro de 2019
Copeiro alentejano
copeiro alentejano |
terça-feira, 29 de outubro de 2019
domingo, 27 de outubro de 2019
Chafariz da Rua do Século
Joshua Benoliel, Chafariz da Rua do Século, [1907] Fotografia do Arquivo Municipal de Lisboa | Fotográfico |
Segundo projecto de Carlos Mardel, este chafariz, chafariz nº 5, ficou concluído em 1762, assumindo um importante estatuto interventivo no urbanismo de Lisboa, na medida em que, na Rua Formosa (actual Rua do Século), Mardel desenhou uma praça circunscrita a uma planta semicircular para enquadrar o referido chafariz, que surge, centrado ao fundo, encostado a uma alta parede de jardim. O seu abastecimento de água era feito através de uma derivação da galeria do Loreto, na chamada Pia do Penalva, que se localizava sensivelmente na esquina da Praça do Príncipe Real com a Rua D. Pedro V. De concepção clássica e de grande sobriedade decorativa, assenta numa base de degraus de forma poliginal e caracteriza-se por possuir um espaldar de encosto, ostentando tabelas centrais, que forma um elegante pórtico da ordem dórica, composto pela articulação de pilastras simples com capitéis trabalhados linearmente,que sustentam um frontão aberto, encimado por uma concha, a qual equilibra toda a estrutura. Sobressaindo na monotonia cromática do calcário amarelado do chafariz e da praça, três carrancas de bronze alimentam um tanque de recepção de águas pouco profundo, arredondado e saliente. Este chafariz tinha também como função abastecer o Palácio Pombal que lhe fica fronteiro.
Gastão de Brito e Silva, Chafariz da rua do Século |
Gastão de Brito e Silva, Chafariz da rua do Século |
Gastão de Brito e Silva, Chafariz da rua do Século |
sábado, 26 de outubro de 2019
António Maria Lopes - A Poesia das águas
António Maria Lopes, "A Poesia das águas",
Ilustração Portugueza, 2.ª série, n.º 368, 10 de Março de 1913, pp. 289-293
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António Maria Lopes, "A Poesia das águas",
Ilustração Portugueza, 2.ª série, n.º 368, 10 de Março de 1913, pp. 289-293
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António Maria Lopes, "A Poesia das águas",
Ilustração Portugueza, 2.ª série, n.º 368, 10 de Março de 1913, pp. 289-293
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António Maria Lopes, "A Poesia das águas",
Ilustração Portugueza, 2.ª série, n.º 368, 10 de Março de 1913, pp. 289-293
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António Maria Lopes, "A Poesia das águas",
Ilustração Portugueza, 2.ª série, n.º 368, 10 de Março de 1913, pp. 289-293
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Artigo Aqui
quinta-feira, 24 de outubro de 2019
quarta-feira, 23 de outubro de 2019
terça-feira, 22 de outubro de 2019
Trabalhadores do Porto de Lisboa
adágio popular - água
“Quem não poupa água nem lenha
não poupa nada que tenha”
(Adágio Popular)
Cristina dos Reis Prata - ARQUITECTURA DA ÁGUA: FONTES, CHAFARIZES E TANQUES DO CONCELHO DE PALMELA
Sumário
1. A Água
2. A Arquitectura da Água
3. Inventário
Fontes e Bibliografia
LER AQUI
Batalha - bica
Autor desconhecido, Bica, Batalha, Dona Júlia Catarina Bento, 1964 |
Retirada daqui, (Memórias da Batalha):
https://www.facebook.com/memoriasdabatalha/photos/a.121193594562039/1357062930975093/?type=3&theater - vale a pena ler os comentários ao post
quinta-feira, 17 de outubro de 2019
Jorge de Sena - Sinais de fogo
Fernando Lemos, Jorge de Sena, 1949 |
« Mas, quando já descia uma das azinhagas, e passava a rua do fundo, em que as casas me mostraram a sua realidade de estarem assentes no chão, em face do muro de suporte do largo, tive de parar para escrever mais:
Nas vastas águas que as remadas medem,
tranquila a noite está adormecida.
Desliza o barco, sem que se conheça
que o espaço ou tempo existe noutra vida,
— após estes versos, houve no meu espírito um vazio total. Seguidamente escrevi:
ou nesta, em que da noite o respirar
é um sussurro de águas contra o casco
é um sussurro de águas contra o casco
— linhas estas que me repugnaram instintivamente, e risquei, para continuar assim:
em que os barcos naufragam, e nas praias
há cascos arruinados que apodrecem,
a desfazer-se ao sol, ao vento, à chuva,
e cujos nomes se não vêem já.
há cascos arruinados que apodrecem,
a desfazer-se ao sol, ao vento, à chuva,
e cujos nomes se não vêem já.
Faltava um final. O que poderia ser? O paralelo entre o nome que as intempéries apagaram, e o que a noite não deixa ver. Tal, porém, como acontecera no poema anterior, o final era uma coisa separada, ainda que continuação do mesmo discurso, da mesma ideia condutora. Comecei a escrever — «Tal como à noite... » — e novamente risquei. O final que escrevi não me satisfez, pareceu-me mais restrito que o que estava antes:
Ao que singrando vai, a noite esconde o nome. »
Ao Passar A Ribeirinha - Isabel Silvestre
Ao passar a ribeirinha
Pus o pé, molhei a meia,
Pus o pé, molhei a meia,
Pus o pé, molhei a meia.
Namorei na minha terra
Fui casar a terra alheia,
Fui casar a terra alheia,
Fui casar a terra alheia.
Fui casar a terra alheia
Por não querer casar na minha.
Pus o pé, molhei a meia,
Ao passar a ribeirinha.
Varina
DAQUI https://arquivomtd.wordpress.com/category/varinas/
«A indumentária pode variar, de ilustrador para ilustrador, ou em diferentes edições de postal ilustrado. Mas a varina lisboeta enverga invariavelmente um corpete de flanela, uma cinta de lã a altear a saia axadrezada, um avental, um lenço de ramagens cruzado sobre as espáduas e um chapéu redondo de feltro, achatado, com as abas reviradas. A rodilha ou “sogra”, sobre a qual assenta a canastra forrada de oleado, e a “patrona”, bolsinha lateral para o dinheiro, completam o quadro. Temos, então, a varina, tal como a vemos nas estampas. »
Postais ilustrados do início do século XX. Arquivo MTD.
quarta-feira, 16 de outubro de 2019
terça-feira, 15 de outubro de 2019
quinta-feira, 10 de outubro de 2019
Isabel Nunes - Um estudo sobre os chafarizes de Lisboa
in: Lisboa Revista Municipal, Ano XLIX, 2ª Série, Nº 24, 2º Trimestre, de 1988 |
ler, aqui, artigo completo
Obrigada, Daniel
segunda-feira, 19 de agosto de 2019
RAUL BRANDÃO - «Ria de Aveiro»
O homem nestes sítios é quase anfíbio: a água é‑lhe essencial à vida e a população filha da ria e condenada a desaparecer com ela. Se a ria adoece, a população adoece. Segundo Pinho Leal, em 1550, Aveiro tinha doze mil habitantes e armava 150 navios. A barra entulha‑se, a terra decai. Em 1575, com a barra outra vez entupida, os campos tornam‑se estéreis e a cidade despovoa‑se. A alma desta terra é na realidade a sua água. A ria, como o Nilo, é quase uma divindade. Só ela gera e produz. Todos os limos, todos os detritos vêm carreados na vazante até à planície onde repousam. Isto é água e estrume, terra vegetal que se transforma em leite e pão. Palpa‑se a camada gordurosa sobre a areia. E além de fecundar e engordar, a ria dá‑lhes a humidade durante todo o ano, e com a brisa do mar refresca durante o estio as plantas e os seres. Uma atmosfera humedecida constantemente envolve a paisagem como um hálito.
Raul Brandão, «A Ria de Aveiro», Os Pescadores [1923], edição de Vítor Viçoso e Luis Manuel Gaspar, prefácio de Vítor Viçoso, Lisboa, Relógio D'Água, Setembro de 2014.
postal ilustrado — 598.Nº 5. Centro da Cidade. Aveiro. Editor nao indicado. S/D. Circulado em 1925. Dim. 87x138 mm. Col. J. Paracana http://ww3.aeje.pt/
sábado, 27 de julho de 2019
quarta-feira, 24 de julho de 2019
Travessa da Horta da Navia (Nabia)
http://pesdefoca.blogspot.com/2014/02/calcadas-travessas-e-ruas.html |
Travessa da Horta Navia (freg. Prazeres): Esta artéria, que nasce na Rua Maria Pia e corre paralela à linha férrea, é uma memória do sítio da Horta Navia, cuja primeira menção data do tempo de D. Afonso II (1211 – 1223) no rol das propriedades que a Ordem de Santiago possuía. Nos séculos XVI e XVII já aparecem descrições que dão conta do local ser uma horta que atraía os lisboetas nas horas de ócio, e é aceitável supor que no início do século XIX o topónimo se expandiu nas terras que da margem esquerda da Ribeira de Alcântara subiam para montante.
Como Travessa da Horta Navia a primeira referência aparece na planta nº 39 do Atlas da Carta Topográfica de Lisboa de Filipe Folque, de 1856
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