sábado, 18 de setembro de 2021
quinta-feira, 16 de setembro de 2021
terça-feira, 31 de agosto de 2021
RUY BELO - A MORTE DA ÁGUA
Um dos passeios que mais gosto de dar é ir a Esposende ver desaguar o Cávado. Existe lá um bar apropriado para isso. Um rio é a infância da água. As margens, o leito, tudo a protege. Na foz é que há a aventura do mar largo. Acabou-se qualquer possível árvore genealógica, visível no anel do dedo. Acabou-se mesmo qualquer passado. É o convívio com a distância, com o incomensurável. É o anonimato. E a todo o momento há água que se lança nessa aventura. Adeus margens verdejantes, adeus pontes, adeus peixes conhecidos. Agora é o mar salgado, a aventura sem retorno, nem mesmo na maré cheia. E é em Esposende que eu gosto de assistir, durante horas, a troco de uma imperial, à morte de um rio que envelheceu a romper pedras e plantas, que lutou, que torneou obstáculos. Impossível voltar atrás. Agora é a morte. Ou a vida.
Ruy Belo, Todos os Poemas, Assírio & Alvim, 2009 (3ª Edição)
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021
quinta-feira, 19 de novembro de 2020
Terras de Bouro - Moimenta - Chã da Nave
«A Chã da Nave é um amplo alvéolo aplanado encravado na vertente meridional do maciço do Piorneiro. É verdadeiramente uma planície entre montanhas, tal como significa o seu nome Nave* ou Navia, que é uma corruptela de nava, de origem pré-indoeuropeia. No topo Nordeste da chã, conservam-se duas mamoas, bem perceptíveis na linha de superfície do solo e distantes uma da outra cerca de 50 metros. Estes monumentos megalíticos a que se atribui uma função funerária, apresentam similitudes formais com inúmeros conjuntos dispersos pelas serras do Noroeste e aos quais se atribui uma cronologia situada entre os IV.º e III.º milénios a.C.. »
domingo, 8 de novembro de 2020
Laje do Adufe - Promessa à deusa Nabia
Michel Waldmann, Cruzamento da Travessa da Horta Navia com a Rua Maria Pia, 1998
![]() |
Michel Waldmann, Cruzamento da Travessa da Horta Navia com a Rua Maria Pia, 1998 fotografia do #ArquivoFotograficoMunicipalDeLisboa |
DAQUI
Nota Biográfica:
Exerceu também, durante os anos, 60, 70 e 80, como Técnico no teatro e no cinema: (régie som e luz, cenários e adereços, luzes, registo de som, camera e projecções). Fotógrafo oficial da Fundação Europália Internacional para: Europália 87 Áustria, 89 Japão, 91 Portugal e 93 Mexico. 1976-77-78, trabalha em Israel: Fotografia submarina da fauna e flora do Mar Vermelho, 1982-1995,
Trabalha com Les Baladins du Miroir: história e vida de um grupo de teatro ambulante, 1984, Trabalha dois meses na Noruega: os cemitérios marítimos dos grandes barcos petroleiros depois do segundo choque petrolífero e a reabertura do Canal do Suez. 1993,
Trabalha dois meses em Moçambique: a vida social, o comércio, os campos de desarmamento da ONU, um ano após o fim da guerra colonial e um ano antes das eleições democráticas. 1994, Trabalha na Índia: os pequenos ofícios e a vida social nas ruas de Bombaim, Goa e Cochim. Desde 1997, Trabalha vários meses por ano em Portugal: as mudanças na vida social, política e religiosa, a paisagem, a arquitectura, o comércio, as artes, etc...
https://arquivomunicipal3.cm-lisboa.pt/X-arqWeb/Result.aspx?id=4889&type=Autoridade )
José Chaves Cruz - [Viaduto]
![]() |
José Chaves Cruz, [Viaduto] fotografia do #ArquivoFotograficoMunicipalDeLisboa |
José Maria Augusto Chaves Cruz - fotógrafo, 1870-1947
Nota biográfica:
José Maria Augusto Chaves Cruz nasceu em Lisboa a 12 de junho de 1870. Licenciou-se em Agronomia e trabalhou como aspirante nas Alfândegas, entre 1889 e 1891, tendo depois ocupado o cargo de Secretário no Instituto Superior de Agronomia, até 1930, quando, por motivos de saúde, se reformou. Nas Alfândegas foi colega de Joshua Benoliel. Chaves Cruz fez fotografia como amador, abandonando esta arte quando entra para o Instituto Superior de Agronomia. A pintora, Adelaide Lima Cruz é filha do fotógrafo.
Fontes:"Lisboa e o Aqueduto", Arquivo Fotográfico, Divisão de Arquivos, Departamento de Património Cultural, Câmara Municipal de Lisboa, Lisboa, 1997.
DAQUI:
«Marselhesa», a última andaina algarvia que morreu duas vezes
![]() |
Fotografia https://www.barlavento.pt/algarve/marselhesa-a-ultima-andaina-algarvia-que-morreu-duas-vezes |
[...]
Com o passar do tempo, várias associações ligadas à conservação do património marítimo, privados e até particulares fizeram tentativas para salvar a última andaina algarvia, dado o seu valor histórico. Dificuldades burocráticas e falta de entendimento institucional acabaram por ditar, de vez, a má sorte da «Marselhesa».
Por Bruno Filipe Pires, 29 de outubro de 2020TEÓFILO BRAGA - TEJO, DOURO E GUADIANA
Havia trez rios irmãos, o Tejo, o Guadiana e o Douro, que combinaram deitar-se a dormir, dizendo que o que primeiro acordasse partisse para o mar. O Guadiana foi o primeiro que acordou; escolheu lindos sitios e partiu de seu vagar. O Tejo acordou depois, e como queria chegar primeiro ao mar, largou mais depressa, e já as suas margens não são tão bellas como as d’aquelle. O Douro foi o ultimo que acordou, por isso rompeu por montes e valles, sem se importar com a escolha, e eis porque as suas margens são tristes e pedregosas.
(Mondim da Beira, Famalicão, Porto.)