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sexta-feira, 15 de junho de 2018

ANTÓNIO PATRÍCIO (1878-1930) - EM HORNEBËK, NA DINAMARCA





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Em Hornebëk, na Dinamarca,
as folhas caem sobre o mar.
Vão em lufadas cair nas ondas,
caem nas barcas que vão pescar.

Há folhas secas por sobre as redes,
caem nas velas, todas doiradas...
São cor das barbas dos pescadores,
lá vão levadas, lá vão levadas...

Minha alma, doida de mar e outono,
em Hornebëk se foi deitar,
entre gaivotas e folhas secas,
a sonhar alto, para sonhar…

Tem nos cabelos algas e algas
que o vento brusco vem levantar...
Em Hornebëk, na Dinamarca,
onde vão folhas por sobre o mar.

António Patrício, «Em Hornebëck, na Dinamarca», Poesias, 1942

terça-feira, 1 de maio de 2018





Álvaro Laborinho, Mar bravo, onda gigante (Nazaré), 1931
Fotografia do Arquivo Municipal de Lisboa | Fotográfico






domingo, 29 de abril de 2018

Lenda da Praia da Rocha



In:Nova, Maria Manuela Neves Casinha, 1960-,
As lendas do sobrenatural da região do Algarve, 2013

In:Nova, Maria Manuela Neves Casinha, 1960-,
As lendas do sobrenatural da região do Algarve, 2013

In:Nova, Maria Manuela Neves Casinha, 1960-,
As lendas do sobrenatural da região do Algarve, 2013

In:Nova, Maria Manuela Neves Casinha, 1960-,
As lendas do sobrenatural da região do Algarve, 2013





Nova, Maria Manuela Neves Casinha, 1960-, As lendas do sobrenatural da região do Algarve, Tese de doutoramento, Estudos de Literatura e de Cultura (Literatura Oral e Tradicional), Universidade de Lisboa, Faculdade de Letras, 2013


Retirada do Volume 2 da Tese que se encontra AQUI

domingo, 25 de março de 2018

Manuel de Freitas - Hotel Praia, Quarto 508



Para a Inês


I

São ruas que vão até ao mar, abruptamente
- ou é o mar que, desde sempre, nelas
encontrou morada? Indiferentes a esta pergunta
ociosa, as mulheres falam de casas, discutem
preços e amarguras, alugam barracas por um dia.


E vestem-se de luto ou de cores tão improváveis
como Deus, enquanto distribuem bênçãos,
pequenos rancores, rios de ouro sobre o peito.
Será talvez um modo atávico de exorcizarem a fome
nas casas que não têm mas alugam, sentadas junto ao mar.

Não sorriem nunca, por excesso ou falta de razões.


II

Não esperava, trinta anos depois, reconhecer
a Nazaré. Igual a sim mesma, fintou o progresso
no desmando da morte e no cheiro seco
dos carapaus jacentes (só um gato preto, sem
jeito para o negócio, foi poupado ao extermínio). 

Diferente é apenas vê-la agora desta varanda,
contigo ao lado, e perceber a alegria que
irmana dos telhados e balcões, sob os farrapos
de uma língua apátrida que nem o amor
nem o mar conseguiriam devidamente pardonner

Um homem de fato completo deixou-nos ver a lua.


III

Há quem veja na sereia, que um dia se cansou,
razão suficiente para tantas mortes.
E há quem desça sem temor as escadas que vão
do Forte ao rochedo do Guilhim. Nós, menos
confiantes, olhávamos as grutas, escolhíamos pedras. 

Conchas com água dentro, recentes pedacinhos de ossos.


IV

E era como se caminhássemos sobre a lua
e o vento de Agosto nos juntasse lado
a lado, quando já não há degraus.



Pedacinhos de Ossos
Manuel de Freitas
Averno, Lisboa, Novembro 2012

sexta-feira, 2 de março de 2018

Francisco Afonso Chaves

 

Fotografia de Francisco Afonso Chaves

 
Mais fotografias AQUI

Amália Rodrigues - Vagamundo (1961)



Amália Rodrigues e Alain Oulman


Um dia estava eu num acampamento e levaram-me o Alain Oulman, que tinha feito uma música a pensar em mim, o Vagamundo. Fui ouvir e gostei.
(…)
Para além da música, o Alain, com a sua vasta cultura, fez-me travar conhecimento com grandes poetas. Ele não só fazia as músicas, como ia procurar, aos livros de poesia, letras para as músicas. Dedicou-me um tempo grande. Não me influenciou mas, durante um tempo, andei toda contente com aquela descoberta que ele me trazia. Trabalhámos muito os dois.
(…)
O Alain trouxe um público que não estava comigo (…) Mas o Alain não me veio explicar nada. Eu é que quando não sabia alguma coisa lhe perguntava. (…) A partir deste primeiro disco, o Alain foi sempre muito importante para mim…

AMÁLIA RODRIGUES
Amália, uma Biografia por Vítor Pavão dos Santos,
Lisboa, Contexto Editora, p.151








Alain Oulman


Mirante da praia do Homem do Leme – anos 20



 Mirante da praia do Homem do Leme – anos 20


DAQUI




João Francisco Camacho, Ilha da Madeira. Costa Norte, 1865 - 1875,
Arquivo de Documentação Fotográfica / DDCI/DGPC

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018




Joaquim Manuel Magalhães


In:
Joaquim Manuel Magalhães, «Light at Two Lights», in João Miguel Fernandes Jorge, Jorge Molder, Joaquim Manuel Magalhães,'Uma Exposição', Lisboa, A Regra do Jogo, 1980.


[Retirado Daqui]

Fografias do Boletim Fotográfico






Fotografia de Silva Nogueira
Boletim Fotográfico
, Janeiro de 1900

Fotografia de Augusto Soares
Boletim Fotográfico
, Outubro e Novembro de 1900


Fotografia de F. Viegas 
Boletim Fotográfico
, Setembro de 1900







Fotografia de S. Fortes
Boletim Fotográfico
, Outubro e Novembro de 1900





Fotografia de C. Trincão
Boletim Fotográfico
, Abril de 1900




Fotografia do Visconde de Coruche
Boletim Fotográfico
, Fevereiro de 1900

sábado, 21 de outubro de 2017




Sentada junto ao rochedo
onde mandaram erigir a capela,
com a dor aos pés e o amor distante,


que mais, senão a morte,
podes pretender da vida?


As ondas do mar
de Agosto
nada respondiam



Manuel de Freitas, Boa Morte, edição do autor, 2008






Capa de Luis Manuel Gaspar

sexta-feira, 20 de outubro de 2017





Adriano de Sousa Lopes, Entendei que segundo amor tiverdes/ Tereis o entendimento, 1910



Adriano de Sousa Lopes, [Pinheiro à beira-água]

sábado, 9 de setembro de 2017

Afonso Lopes Vieira - "Photographia Moderna"



Afonso Lopes Vieira, "Sombra na água",
Illustração Portugueza
, II série, Nº 199, 13 de Dezembro de 1909, pp. 756-760



Afonso Lopes Vieira, "Júlia e Zé Maria",
Illustração Portugueza
, II série, Nº 199, 13 de Dezembro de 1909, pp. 756-760



Afonso Lopes Vieira [1910]


Artigo de 1909:  "Photographia Moderna" Aqui e Aqui

terça-feira, 22 de agosto de 2017

António Nobre



O AZEITONENSE: orgão independente defensor dos interesses de Azeitão e arredores, Nº 14, (2 de Novembro de 1919), p.2